“Fátima “ de João Canijo, que estreia neste dia 27 de Abril relata o trajecto em peregrinação de um grupo de onze mulheres que vão de Vinhais , em Bragança a Fátima.
“Fátima”é uma ficção inspirada na realidade de múltiplas pessoas que todos os anos rumam a Fátima num percurso de fadiga, cansaço e sofrimento assente numa promessa agora a pagar, ou num pedido angustiado de uma qualquer graça.
As onze actrizes intérpretes do filme contactaram essa realidade, para melhor entenderem e construírem os seus personagens.
As onze actrizes intérpretes do filme contactaram essa realidade, para melhor entenderem e construírem os seus personagens.
E nesta peregrinação, de duas horas e meia o cerne da questão não está no elemento religioso mas e sobretudo no elemento humano, no relacionamento entre as mulheres.
Mulheres simples, do povo, que têm um objectivo de momento chegar a Fátima. Organizaram-se. Têm apoio logístico, pago, suportam-se porque o objectivo é comum. Mas não mais do que isso.
É de Vinhais, no distrito de Bragança, que parte a narrativa do filme e também a peregrinação mais longa até Fátima, com mais de 400 quilómetros, ou seja duas horas e meia.
Elas são Rita Blanco, Anabela Moreira, Cleia Almeida, Vera Barreto, Teresa Madruga, Ana Bustorff, Teresa Tavares, Alexandra Rosa, Íris Macedo, Sara Norte e Márcia Breia.
De salientar Rita Blanco,que dirige, Anabela Moreira, a rebelde do grupo e Márcia Breia, a responsável e dona do apoio logístico.
As dificuldades desta aventura religiosa chamemos-lhe assim estão bem evidentes neste filme. Os perigos, os contratempos, as desavenças, os mal entendidos tudo por ali passa nestas duas horas e meia. Talvez demasiado longo, mas quando desembocamos na Cova de Iria tal como os personagens também respiramos aliviados.
João Canijo arranjou um final emotivo, mesmo poético, sobretudo tocante visualmente.
“Fátima” teve a sua antestreia em Vinhais, a de Lisboa será no Cinemas do Corte Ingles, nesta quarta feira 26 de Abril.
No final do ano deverá estrear na RTP uma série baseada na rodagem e que, segundo João Canijo, tem mais desenvolvimentos ficcionais de cada um dos personagens.
Zita Ferreira Braga | Hardmusica
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