O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, lembra que a educação é essencial para a promoção do desenvolvimento e pôr fim à desigualdade, em lugares onde as pessoas sentem que não têm voz nem esperança.
Malala Yousafzai, ativista paquistanesa e vencedora do Prémio Nobel da Paz pela sua ação na defesa dos direitos das mulheres à educação, tornou-se esta quarta-feira a sexta pessoa (e a mais nova) a receber cidadania honorária do Canadá. A distinção, concedida pelo Parlamento, foi entregue pelas mãos do primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, que classifica Malala como “um exemplo de coragem”.
“A história de Malala é uma inspiração para todos nós”, afirmou Justin Trudeau durante a cerimónia de homenagem. “Estamos gratos por corajosamente Malala ter dado voz a tanta gente. A partir deste dia podemos orgulhosamente considerá-la canadiana”.
Malala Yousafzai, de 19 anos, tornou-se mundialmente conhecida após ter sido ferida na cabeça por um atirador talibã em 2012, enquanto lutava pelos direitos das mulheres e o seu acesso à educação. Em áreas controladas pelo regime talibã no Paquistão, as mulheres enfrentam uma série de regras, que as impedem de ser tratadas em hospitais públicos e de frequentar a escola.
O primeiro-ministro do Canadá lembra que a educação é essencial para a promoção do desenvolvimento e pôr fim à desigualdade, em lugares onde as pessoas sentem que não têm voz nem esperança.
“Embora continue sempre a ser uma pashtun e uma cidadã orgulhosa do Paquistão, estou grata por ser agora um membro honorário desta nação de heróis”, afirmou Malala Yousafzai, elogiando a política de abertura do Canadá relativamente aos refugiados. O país acolheu no ano passado 25 mil refugiados oriundos da Síria.
Apenas outras cinco pessoas receberam até agora esta distinção, entre elas Nelson Mandela e o Dalai Lama, que se tornaram célebres por lutarem pela defesa dos direitos humanos.
Fonte: Jornal Económico
Nenhum comentário:
Postar um comentário