Há ainda dezenas de deslocados, estando por calcular o número de casas e viaturas destruídas.
O que se sabe:
- Há 62 mortos e 62 feridos, segundo o balanço disponibilizado cerca das 19h05
- Há 150 famílias desalojadas
- Governo decreta três dias de luto nacional, a partir deste domingo, na sequência da tragédia causada pelo incêndio.
- O fogo deflagrou ao início da tarde de sábado numa área florestal em Escalos Fundeiros, em Pedrógão Grande (distrito de Leiria), e alastrou aos municípios vizinhos de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, obrigando a evacuar povoações ou deixando-as isoladas
- O fogo provocou o maior número de vítimas mortais em incêndios florestais na história do país de que há registo
- Mais de 800 operacionais estão no terreno. As chamas atingem os concelhos de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra, com quatro frentes de fogo activas, duas delas com grande violência
- O director nacional da Polícia Judiciária afirmou que o incêndio que deflagrou no sábado no concelho de Pedrógão Grande teve origem numa trovoada seca, afastando qualquer indício de origem criminosa
- O Governo declarou o estado de contingência, dada a dimensão do fogo e suas consequências. Este estado “activa determinados meios e permite também outras possibilidades para tudo o que se vier a desenrolar a partir daqui e também para o que já aconteceu”, disse o secretário de Estado da Administração Interna
- Apoio às vítimas e familiares. O centro de saúde de Pedrógão Grande foi transformado num centro hospitalar para tratar os feridos e as vítimas do incêndio. Na Casa da Criança, junto à Santa Casa, estão elementos da segurança social para ajudar os desalojados e técnicos de apoio psicológico para informar e encaminhar as famílias das vítimas mortais
- No terreno está uma equipa a fazer a localização das vítimas. Caso seja encontrado um cadáver, é chamada a equipa da Polícia Judiciária
- Na sede de bombeiros de Pedrógão Grande, o Exército montou uma cozinha de campanha para as centenas de operacionais que estão a combater as chamas.
- Há seis grandes fogosMais de 2.150 operacionais, auxiliados por 662 veículos e dez meios aéreos combatiam, às 8h30 de hoje, seis grandes incêndios nos distritos de Leiria, Coimbra, Castelo Branco e Bragança, segundo dados da Protecção Civil.“A protecção das pessoas é a primeira prioridade sempre”, garante presidente da Liga dos Bombeiros. Prossegue a evacuação de povoações – um “trabalho difícil”.“Continuamos a encontrar situações complexas e difíceis”, acrescenta Jaime Marta Soares na Renascença.Porque não foram retiradas mais pessoas logo de início?O fogo “foi de tal forma violento que ultrapassava a rapidez com que as forças queriam intervir.Tudo começou de um momento para o outro e era tudo um desenvolvimento de chamas absolutamente louco que surpreendeu tudo e todos. É um fogo atípico. Não se contava com aquela brutalidade, com ventos a atingirem velocidades de mais de 100 km/h e propagações a distâncias incríveis.Se havia um espaço livre, no momento seguinte estava toimado pelas chamas”, explica o presidente da Liga de Bombeiros, Jaime Marta Soares.Em entrevista à Renascença, diz que hoje “as coisas estão diferentes, porque o desenvolvimento do incêndio é outro. Por isso, é mais fácil chegar junto das povoações”.Concerto solidário em LisboaEspectáculo está agendado para 27 de Junho e está a ser preparado pela RTP, o MEO Arena e a Sons em Trânsito.Carminho, Ana Moura, Rui Veloso e Salvador Sobral são quatro dos artistas que vão actuar no concerto que deve contar com a participação de mais de 20 músicos.Cerca de 90% da área florestal de Pedrógão Grande ardeu.Situação em Avelar, concelho de Ansião, muito complicada.Cheiro intenso a fumo e queimado em Figueiró dos Vinhos.Distritos afectados pelo fogo continuam com temperaturas altasLeiria, Santarém e Coimbra, fortemente afetados por incêndios, vão continuar hoje com temperaturas elevadas, a rondar os 38 graus, e ventoque pode ser moderado a forte, alerta IPMA.“O mais complicado vem depois”, refere presidente da Cáritas Portuguesa, referindo-se à reconstrução das casas e todas as estruturas destruídas pelo fogo.Instituição já doou mais de 300 mil euros que estão a ser utilizados para o apoio imediado das vítimas. Abriu também uma conta solidária para os portugueses poderem contribuir e ajudarem na fase de reconstrução.IBAN: PT 50 0035 0001 00200000 730 54Roupas e cobertores de Verão, atoalhados e roupas de crianças, além de outras roupas que julgue importantes podem ser entregues hoje em qualquer Cáritas do país, para serem entregues amanhã.“Levem coisas em condições de serem logo utilizadas. Não temos tempo para fazer triagens”, alerta Eugénio da Fonseca na Renascença.Solidariedade do povo português “é de facto impressionante, mas já está no nosso ADN”, diz Eugénio da Fonseca, presidente da Cáritas, na RenascençaEm entrevista à Renascença, coordenador do curso de Engenharia Florestal da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, alerta para a necessidade de haver mais engenheiros florestais no país.“Há uma área de conhecimento que tem sido abandonada e desconsiderada” e é tempo de os “engenheiros florestais perderem o medo de ir para o campo”, diz Domingos LopesGoogle Portugal exibe laço pretoA Google Portugal acrescentou ao seu motor de busca um laço preto “em homenagem às vítimas dos incêndios” que desde sábado deflagraram em Pedrógão Grande e alastraram a outros municípios dos distritos de Leiria e de Castelo Branco.
Fonte: BPS
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