quinta-feira, 20 de julho de 2017

Hugo Soares ao ataque a Ferro/ Um sinal da Assembleia/ PT contra os tribunais

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Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
O Filho e o genro de Trump vão depor ao Senado. Donald Trump Jr. e Jared Kushner foram chamados pelas comissões que investigam a interferência russa nas eleições e as possíveis ligações com a campanha do actual Presidente dos EUA.
O senador John McCain descobriu um cancro. O republicano conheceu o diagnóstico ao fazer uma operação para retirar um coágulo perto do olho. Aos 80 anos, o ex-candidato à Presidência dos EUA já começou a grande luta da sua vida.
Morreu o historiador e político francês Max Gallo. Escreveu mais de cem livros e foi deputado, secretário de Estado e porta-voz sob a presidência de François Miterrand.
Mas também há notícias felizesFrederico Morais é o primeiro português numa final do circuito mundial de surf. Boa onda, Kikas!

Notícias do dia
É a primeira entrevista do novo líder parlamentar do PSD. E Hugo Soares prefere começar ao ataque. A Ferro Rodrigues, que acusa de "desrespeitar" a Assembleia. À esquerda, que acusa de branquear na CGD algo "não muito diferente do que aconteceu no BES" (e avançando já com alterações ao regime do inquérito parlamentar). A Marcelo, a quem responde que "não há necessidade de fazer trégua" por causa de Pedrógão. E também a Rui Rio, que diz "não perceber" - aproveitando para baixar a fasquia do PSD nas eleições autárquicas. Quanto ao caso das viagens ao Euro2016, a resposta é esta.
Ontem, a Assembleia fez uma corrida de fundo para aprovar umas dezenas e diplomas. Mas, na hora de traçar a bissectriz, a Maria Lopes e a Leonete Botelho chegaram a esta conclusão: a floresta mostrou fragilidades da maioria - e fez subir a pressão para o OE. Nem de propósito, é também por aí que vai o meu Editorial do dia: um verbo para a esquerda conjugar: construir.
O que não está fácil de construir é a equipa de um regulador: dos nomes propostos pelo Governo para a Anacom só há um aprovado pela oposição. Sendo que o PSD está a propor limitar os poderes do Banco de Portugal, conta o Negócios (o que ficará para discutir em Setembro).
No fim de época, há entradas e saídas a registar (e circunstâncias diferentes). A saída é a de Alberto Martins, depois de 30 anos ao serviço do país. As entradas são as dos ex-secretários de Estado, que entretanto já são arguidos no Galpgate.
Na AR discutiu-se também o caso da PT/Altice, com o PCP a propor a renacionalização da empresa e o Bloco a querer rever a legislação laboral para travar despedimentos. Hoje, na nossa manchete, há desenvolvimentos sobre a empresa. E o título é este: PT mantém a prática salarial que os tribunais já condenaram.
Quanto ao caso Cova da Moura, também temos novidades: a IGAI achou estranho jovens da Cova da Moura irem saber de amigo à esquadra. A sério, é o que está escrito.
Sobre os incêndios, destaco-lhe o que diz António Costa: “Não existe nenhuma lei da rolha”, a informação “organizada” é “mais-valia”.
Na Educação há esta história extraordináriaum director escolar exonerado por nomear a mulher com aval da tutela. E diz a mulher dele à Margarida Gomes: "O que me incomodou foi nunca ter sido questionada pelo ministério".
E, nos outros jornais, ainda há este alertaa Justiça a investigar mais casos de Baleia Azul (via JN). E este outro, vindo de Bruxelas: Portugal devia suspender a pesca de sardinha... por 15 anos (conta o Negócios).
Para terminar com a candidatura de Teresa Leal Coelho à câmara da capital. Sem prova de vida (palavra de Passos).

Textos onde parar

1. Os U2 devolveram-nos a fé no rock e na humanidade. Depois dos Estados Unidos a digressão dos U2 à volta do álbum The Joshua Tree chegou à Europa. Na noite de terça-feira, no estádio Olímpico de Barcelona, deram uma lição de rock e humanismo como é raro ver-se quando se pensa em espectáculos para multidões - e fizeram-no sem nostalgia. O Vítor Belanciano esteve por lá e resolveu fazer-nos aqui uma inveja imensa ;)
2. Na economia, tudo corre bem a Trump. Mérito dele? Seis meses depois da tomada de posse, as grandes linhas de política económica do novo Presidente ainda não foram passadas à prática. Mas isso não o impede de mostrar os resultados no emprego e na bolsa como um sucesso da sua liderança. Será mesmo assim, Sérgio Aníbal? 
(Ainda nos seis meses de Trump, vale a pena ler o que diz o Tiago Moreira de Sá sobre a coerência muito particular de Trump. Ele chama-lhe a política ABO. E vale a pena perceber o que é).

3. Afinal, os nossos cães vieram todos de um único sítio? Na história da evolução dos cães domésticos algo é certo: descendem dos lobos. Mas depois, não se sabe bem quando, tornaram-se os melhores amigos do ser humano. E agora são conhecidos por serem animais leais, inteligentes ou até bons farejadores. Contudo, tem sido mesmo difícil farejar a sua evolução. Agora foi publicado um trabalho que refere que os cães domésticos poderão ter surgido numa única localização geográfica. E tudo terá acontecido entre há cerca de 20 mil e 40 mil anos, conta a Teresa Serafim.

Agenda do dia
  • Os ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP juntam-se para debater a livre circulação no espaço lusófono;
  • A Universidade Nova premeia a Fundação Aga Khan, pela sua participação na vida cívica e cultural portuguesa (com Marcelo a marcar presença);
  • O Banco Central Europeu volta a reunir os governadores do euro. Não se perspectiva uma alteração de política, mas os investidores vão estar a olhar para cada palavra de Draghi;
  • A OMS publica um relatório sobre resistência aos medicamentos contra o HIV.

Só para acabar...

Tenho que lhe contar sobre a gaffe do último anúncio da Audi, lançado na China: que alminha é que se lembrou de comparar uma noiva a um carro usado?
Mas também queria contar-lhe sobre a incrível recuperação de Zion: a primeira criança a receber transplante de duas mãos já consegue escrever.
E como não falar da música mais ouvida de sempre na internet? Vá, o nome consegue adivinhar. O mais difícil é saber quantas vezes: 4,6 mil milhões de Despacito.
Talvez não seja a sua música do Verão, mas sempre dá para animar. A alternativa é dar um salto ao EDP Cool Jazz (e ainda ontem tivemos por aqui o Filipe Catto, que vai subir ao palco). Mas aí convém ir preparado: dress code é este.
A trautear uma música, a sentir um bom som, é hora de nos lançarmos no dia.
Já sabe: para seguir a informação do dia, basta passar por aqui (à-vontade, sem dress code).   

Tenha um dia feliz (e produtivo, se as férias ainda não tiverem chegado).
Até já!

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