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Chefe do Estado reuniu com o primeiro presidente eleito no pós-25 de Abril e militar que liderou as operações do 25 de Novembro.
O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas almoçou esta terça-feira com o general Ramalho Eanes, soube o DN.
O almoço, no Palácio de Belém, realizou-se no meio da polémica criada pela decisão do chefe do Estado-Maior do Exército (CEME) em exonerar os comandantes das cinco unidades responsáveis pela segurança dos paióis de Tancos.
Em protesto contra essa decisão, tomada três dias após a descoberta do furto de material militar naquelas instalações, demitiram-se dois tenentes-generais do Exército, Antunes Calçada e Faria Menezes.
Antunes Calçada era também secretário do Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN), por escolha pessoal do Presidente da República - que o exonerou segunda-feira do cargo, depois de recusar o pedido de audiência feito pelo general, soube hoje o DN.
O tenente-general apresentou sexta-feira o livro do militar que convocou uma manifestação de oficiais para deporem as espadas junto ao Palácio de Belém a meio da passada semana, em protesto contra o poder político. A ação foi desconvocada e o CEME proibiu o lançamento do romance na Academia Militar, sendo a cerimónia transferida para a Sociedade Histórica da Independência de Portugal.
Marcelo Rebelo de Sousa jantou ontem com os quatro chefes militares, os quais vão esta tarde a São Bento para uma reunião com o primeiro-ministro e o ministro da Defesa sobre a segurança das instalações militares.
Ramalho Eanes, que liderou as ações militares do 25 de Novembro, foi chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) entre 1976 e 1981 - e o primeiro Presidente da República eleito após o 25 de Abril (1976 a 1986).
Fonte: DN
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