Advogada portuguesa aliciava residentes na África do Sul, China e Brasil, para comprarem imóveis acima de 500 mil euros para obterem vistos de residência, na modalidade de residência para atividade de investimento (ARI). Montantes entregues por estrangeiros ascendem a cinco milhões de euros que não chegaram ao destino.
A Polícia Judiciária (PJ)deteve profissional liberal por crimes de burla qualificada, falsificação de documentos e branqueamento de capitais. Advogada portuguesa aliciava cidadãos estrangeiros para obtenção de ‘vistos gold’ mediante compra de imóveis, mas falsificava cadernetas prediais e apropriava-se dos montantes entregues que ascendem a cerca de cinco milhões de euros.
“A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) e no âmbito de um inquérito dirigido pelo DIAP de Lisboa, deteve uma profissional liberal, de 59 anos de idade, por crimes de burla qualificada, falsificação de documentos e branqueamento”, avança a PJ em comunicado.
O Jornal Económico sabe que trata-se de uma advogada com escritório das torres das Amoreiras, em Lisboa, que já tinha um mandado de captura em Inglaterra e que aliciava residentes na África do Sul, China e Brasil, para obterem ‘vistos gold’ mediante aquisição de bens imóveis de valor igual ou superior a 500 mil euros. Os cidadãos estrangeiros davam à advogada portuguesa os montantes necessários à aquisição dos imóveis, mas esta profissional liberal acaba por falsificar as cadernetas prediais e apropriava-se dos valores recebidos, que ascendem a cerca de cinco milhões de euros.
Segundo a PJ, “o modus operandi consistia na suposta prestação de serviços a cidadãos estrangeiros na obtenção de vistos de residência, na modalidade de residência para atividade de investimento (ARI), e na apropriação dos montantes entregues por estes para aquisição dos imóveis ou abertura de contas bancárias em território nacional”.
A detida será presente a tribunal, para determinação das medidas de coação.
A investigação prossegue com vista à continuação de recolha de prova, diz a PJ.
Fonte: Jornal Económico
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