segunda-feira, 14 de agosto de 2017

ANGOLA QUER UM PRESIDENTE UNGIDO PELO VOTO POPULAR


Raul Diniz | opinião

A fonte da pobreza exasperante dos angolanos, advém da falta da presença de espírito e da inexistência de amor a Deus e ao próximo conjugada, com a falta de respeito pelo povo, que os mais altos dirigentes brucutus do partido nutrem pelo povo que explora inexoravelmente. Além do mais, a fome e a miséria não têm a empatia da democracia. também o povo não se compadece com a fraude eleitoral. O contingentismo entre o MPLA e a componente civil social da politica activa agrava de sobremaneira a frágil estabilidade social que o país atravessa.

É nesse momento crítico para todo país, que os meus distintos camaradas, o Marcolino Moco e Artur Pestana (Pepetela), sujeitaram-se a assumir publicamente o papel de cabos eleitorais de João Lourenço, o indicado de JES.

E essa, hein camaradas! E eu é que sou o bandido e invejoso!  O nosso povo não merece esse tipo de tratamento vindo de pessoas que deviam estar ao seu lado defendendo-o desses parasitas, que se apossaram indecentemente do poder.

Em Angola, bandidos, gatunos, milionários e os larápios multimilionários safados esbanjam opulência e risonhos caminham impunes de mãos dadas. A ação politica se hoje está demasiado polarizada entre duas partes contendentes, de um lado esta a minoria dos adeptos e gestores da ditadura, e do outro a maioria dos que querem livrar-se dela. No entanto, a verdade é que temos um país atípico gerido por criminosos do colarinho branco, que vivem acobertados a sombra do tedioso poder judicial.

A pergunta que não quer calar, será que João Lourenço conseguirá mesmo neutralizar a corrupção tão enraizada no seio da superstrutura do MPLA e do regime? Camarada João Lourenço não brinque com a inteligência dos angolanos, brincadeira tem ora meu camarada, e a ora para gracejo não é essa.

Quando ouço os discursos vespertinos do camarada candidato de JES as eleições, fico até aboamado com a expressiva eloquência insensata expressas que se tornam a cada momento mais inóxios. Dá até impressão que o alter-ego do candidato foi gravemente atingido pelo complexo de édipo mal resolvido, onde o pai, fundador da dinástica ditadura impõe a regra da fidelidade canina ao filhote frangote e candidato a ditador mirim. Qual Kim jong-Il (pai) qual Kim Jong-Un (filho) Isso em Angola não vai pegar.

Em N’dala-tando e Malanje não existe essa de engrandecer os discursos dos filhos da ditadura, podem até vir com suas múltiplas feitiçarias, mas aqui eles não prosperam. Aqui no Norte, eles entram a falar demais, mas, acabam por sair caladinhos. Que o digam o antigo Presidente da Republica, dr. António Agostinho Neto, e o agora candidato a Vice-presidente Bornito de Sousa Diogo.

João Lourenço fala que fala, mas nada diz, parece até um vulgar tagarela, feito computar adulterado que tem o disco regido infectado com vírus da desinteligência. Os angolanos não precisam conviver ancorados as incongruências do JL e de seus amigos, temos que dar a volta por cima e deixar de sermos temerosos e/ou trémulos, como se todos padecêssemos da alzheimer.

O regime mergulhou o país num rio de as aguas turvas, que banham o enevoado regime. Se essa enchente de aguas turvas não forem drenadas com a urgência necessária, a situação poderá fugir ao controlo e o país poderá descambar, e, afundar-se no tenebroso mar do esquecimento.

O país segue imparável em direcção a sua previsível desintegração social.  A base social do país está rachada ao meio, foi atingida fortemente pela instabilidade politica económica social.  De um lado estão os muito ricos que somam 7% da população e do outro estão os 93% dos muito pobres sem esperanças de sobreviver.

Por si só, essa situação cria um desalento perigoso e demonstra a insuperável situação de descrédito por que passa o regime. Essa vulnerável governação inviabiliza de todo o desenvolvimento económico, por outro lado, fragiliza o MPLA pela longevidade no poder, alem disso, a campanha do MPLA não nos apresentou até aqui nenhuma agenda credível, reformadora com programas sérios e implementáveis que ajude  o país a sair da crise que fomos jogados pelo presidente que governa Angola há 38 anos ininterruptos.

Além disso os sucessivos governos do MPLA não conseguiram transmitir segurança aos cidadãos nem tão pouco uma agenda de reformas económicas após 42 anos de poder, nem conseguiram assegurar de forma contundente o funcionamento tranquilo das instituições do estado com total independência.

O regime não tem condições para brecar a profundidade da crise observada, a sociedade no seu todo está incrédula e preocupadas com o aprofundamento da crise que proporciona o roubo do que ainda resta do país.

Não é de estranhar que essa situação atinja fortemente 93% da população, que actualmente vive abaixo da linha de pobreza. Infelizmente para os angolanos, os mais altos dirigentes do partido afastaram-se do propósito de defender e permanecer ao lado do povo. Quis o destino que assim não fosse, o MPLA constituiu-se em carrasco do povo.

O MPLA de JES esta lotado de mercenários narcisistas, que apenas querem o poder pelo poder, e assim continuar a deslapidar sofregamente o erário publico nacional. O importante para eles é ver quem rouba mais, e quem melhor esconde o fruto do roubo no exterior

Alem disso, o país politico está de todo polarizado. De um lado está a quadrilha criminosa minoritária dos muito ricos empoderada. Do outro lado está 93% daqueles que são impiedosamente execrados e destituídos de todos seus direitos e surripiadas as suas riquezas por aquela minoria de 7% dos que infernizam a vida do povo há 42 anos.

No passado recente, indaguei a campanha de João Lourenço para saber com quem e para quem ele governaria, caso ganhe as eleições, até hoje não obtive qualquer resposta.

Hoje vou reformular a pergunta da seguinte maneira: como, com quem, e para quem JL governaria o país? JL sabe que tem a perna um MPLA engripado e imaturo politicamente apesar dos anos de estrada, JL também tem consciência que é observado silenciosamente pelo MPLA sempre desconfiado.

Ao longo dos anos de absoluto totalitarismo, o MPLA foi ingloriamente inábil na forma como lidou com a sensibilidade do povo. Por outro lado, a ganância dos dirigentes levou o partido a prestar um serviço, que redundou num estrondoso desserviço publico-social para o país.

Ainda assim, o MPLA ainda que desencantado, não consegue deixar de conduzir o país através do retrovisor, quando deveria conduzi-lo pelo para-brisa olhando para frente. De facto, a verdade é que o povo não vê melhorias que lhe permita arvorar esperanças de dias melhores após as eleições. Aliás, esse MPLA doente que aí está, nada mais é que um partido anestesiado que perdeu a capacidade de sonhar os sonhos do povo. O MPLA está sem saída, e nada mais tem a dar ao país. Sinceramente esse MPLA que aí está, se manter-se novamente no poder, certamente o povo ficará ainda mais pobre.

Pessoalmente sou dos que não gravita em torno de teorias pré-concebidas, nem sou dos que afirma que os políticos corruptos. Não existe politico corruptos nem maus, somos nós cidadãos quem coloca no poder gente corrupta e maldosa, nós somos os únicos culpados por haver bandidos desqualificados sem ética e sem moral no poder. Ninguém nasce politicamente corrupto, eles entram bandidos e corruptos no poder.

O séquito que acompanha o MPLA/JES não permite que o soberano fiscalize a governação e os excessos do poder, igualmente eu não faço concepções aos corruptos. A esse bando de corruptos e gatunos desalmados, combato-os frontalmente de forma contundente como deve fazê-lo qualquer filho autóctone legitimo. Meu único objectivo é o de continuar a lutar contra as injustiças.

Hoje estou certo que nenhum angolano quer ter em presidente da república fraco, maneável e híper-dependente do seu antecessor. Como já afirmei antes, João Lourenço não é o candidato desejado pelo partido, que surge com força politica necessária para alterar o funcionamento das regras impostas pelo regime decrepito que opera o xadrez politico nacional. Aliás, ele é mais do mesmo, só que demasiado fraco, e para agravar mais, ele não tem nenhum projecto, nem qualquer programa pessoal politico-pessoal para o país.

João Lourenço ainda não se apercebeu da sua real fragilidade e fraqueza, ele pensa estar a dar-nos alguma coisa, quando na verdade não dá coisa nenhuma. O angolano não quer que a fraude eleja o presidente da republica. Queremos todos que Angola tenha um presidente ungido pela violência da verdade que o voto popular produz.   

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