segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Buscas pelo autor do ataque nas Ramblas alargadas a toda a Europa

Younes Abouyaaqoub era o condutor da carrinha do ataque
O governo catalão confirmou hoje que Younes Abouyaaqoub era o condutor da carrinha que levou a cabo o ataque nas Ramblas, centro de Barcelona, na quinta-feira passada e no qual morreram 13 pessoas (a 14.ª vítima mortal destes atentados foi atropelada em Cambrils, horas depois).
O conselheiro do Interior do governo da Catalunha, Joaquim Forn, disse na Rádio Catalunha que este marroquino de 22 anos é o autor material do ataque e que recai sobre ele um mandado internacional de busca e captura. Atualmente, diz o governante, as autoridades trabalham com a hipótese de que havia apenas um condutor.
Joaquim Forn admitiu que, apesar de não existirem indícios de que Younes Abouyaaqoub já tenha saído da Catalunha, as autoridades coordenaram-se com as forças policiais europeias e que o suspeito é atualmente procurado em toda a Europa.
Inicialmente, o autor material do crime fora identificado como Moussa Oukabir, de 17 anos, mas, na noite de sexta-feira, o chefe da polícia catalã admitiu que a hipótese de este ser o principal suspeito perdia peso. O jovem foi um dos cinco mortos em Cambrils, durante um segundo atentado na madrugada de sexta-feira.
Durante as primeiras horas após o atentado, Younes Abouyaaqoub foi dado como morto, mas a polícia veio desmentir entretanto este facto e garantiu que o marroquino estava a ser procurado.
Questionado pelos jornalistas, o conselheiro do Interior do governo autónomo catalão acrescentou que o Abdelbaki Es Satty, imã de Ripoll, "não tinha antecedentes" e que a "comunidade muçulmana não pensava que fosse um radical".
Joaquim Forn referia-se ao alegado mentor do duplo atentado na Catalunha que fez 13 mortos, e que segundo investigações citadas pelo El Pais terá morrido na explosão da casa de Alcanar, Tarragona.
No domingo, o jornal El Pais, citando fontes próximas da investigação, noticiava que o imã, um homem de 40 anos, podia "ser próximo do salafismo, uma corrente que defende uma interpretação do Islão e que defende a instauração de uma ordem islâmica".
Segundo as fontes da mesma notícia, na Catalunha há 79 locais de oração, sendo que "um em cada três seguem essa doutrina" (salafismo).
De acordo com notícias publicadas pelo Europa Press, o imã tem antecedentes criminais tendo cumprido uma pena de quatro anos de prisão por tráfico de droga.
Por outro lado, Joaquim Forn disse igualmente que "nesta altura está afastada a hipótese de um novo atentando" e que por isso "não foi ativado o nível de segurança cinco".
Lusa
Foro: DR

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