O Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) iniciou, no dia 16 de outubro de 2017, um programa que visa disponibilizar à população os cuidados técnicos mais diferenciados e disponíveis na atualidade para tratar os doentes vítimas de paragem cardiorrespiratória (PCR).
Como corolário do reconhecimento do Centro de Referência ECMO (oxigenação por membrana extracorporal), que ocorreu a 2 de agosto de 2017, o CHLC vê reunidas agora as condições para dar o próximo passo na melhoria assistencial aos doentes vítimas de PCR, garantindo a ressuscitação cardiopulmonar assistida por ECMO na zona metropolitana de Lisboa, passando a designar-se o internamento como Via Verde PCR.
Após a admissão direta dos doentes na Unidade de Urgência Médica, via intra ou extra-hospitalar (Viatura Médica de Emergência e Reanimação), e subsequente avaliação clínica, os doentes prosseguem as manobras de ressuscitação via RCP-E (ressuscitação cardiopulmonar assistida com ECMO) ou podem ser candidatos a dadores de coração parado.
O primeiro objetivo da implementação da Via Verde PCR é maximizar as hipóteses de sucesso das manobras de reanimação cardiorrespiratória. O segundo é possibilitar que os doentes submetidos a manobras infrutíferas de ressuscitação ou os doentes sem indicação inicial para RCP-E possam ser candidatos a dadores de coração parado.
Numa primeira fase de dador de coração parado, julga-se possível aumentar o número de dadores de rim e fígado, garantindo desta forma uma melhor qualidade de vida aos doentes em lista para transplante.
Este trabalho foi iniciado no CHLC em 2004, com a implementação do Protocolo de Hipotermia Central Induzida, atualmente designado de Protocolo de Gestão Térmica, nos doentes vítimas de PCR. Em 2012, o centro hospitalar alargou o âmbito do protocolo ao pré-hospitalar, com a integração ativa do INEM no fluxograma, de forma a garantir aos doentes vítimas de PCR a admissão direta na Sala de Hemodinâmica do Hospital de Santa Marta ou na Unidade de Urgência Médica do Hospital de São José, assegurando os melhores cuidados pós-ressuscitação e o estadiamento neurológico adequado. Até ao momento foram assistidos mais de duzentos doentes por este protocolo.
In SNS
Nenhum comentário:
Postar um comentário