“Cem Linhas”, um trabalho do projeto Estúdio da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), foi apresentado ontem (16 de novembro) no Congresso Internacional “A Intervenção Teatral em Portugal no Século XXI”, que está a decorrer em Paredes de Coura.
O convite da organização foi dirigido à encenadora e professora de teatro da instituição Adriana Campos, que levou até ao norte do país algumas das peças produzidas no contexto de “Cem Linhas”, como os figurinos ou imagens do livro homónimo, que foram ponto de partida para uma oficina em que os participantes responderam a questões sobre o faz de conta e, em termos mais genéricos, o próprio teatro.
Com este trabalho, o projeto Estúdio – constituído por utentes da instituição – tem vindo a confrontar diversos públicos com as suas próprias histórias e a sua imaginação, tendo sempre como ponto de partida um novelo de linha vermelha que funciona como fio condutor para novas narrativas.
Influenciado pela leitura de “Eu Espero…”, de Davide Cali (um livro que fala das coisas pelas quais se espera na vida), “Cem Linhas” começou por ser um espetáculo apresentado na APCC, ‘transformou-se’ em livro e numa oficina integrada no “Coimbra a Brincar 2016”, e já este ano foi uma performance integrada na Feira Cultural de Coimbra.
O Congresso Internacional “A Intervenção Teatral em Portugal no Século XXI” é organizado pela Intervenção – Associação para a Promoção e Divulgação Cultural e decorre entre os dias 16 e 18 de novembro. Serão abordados temas como a formação, produção, programação, gestão, descentralização, animação e intervenção social, cultural e educativa, com o objetivo principal de analisar o papel do teatro neste século.
O teatro é uma das várias áreas artísticas que constituem uma parte importante da ação da APCC enquanto promotora da inclusão social.Diariamente, os utentes participam em atividades nas áreas da expressão plástica, expressão musical e expressão dramática, tanto internas como externas.
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