Durante o mês de Outubro, já no Outono, já fora da Fase CHARLIE do DECIF, Portugal voltou a ser fustigado por uma vaga devastadora e dramática de incêndios florestais, verdadeiro remake do que tinha sucedido em Junho, ainda na Primavera e igualmente fora da Fase CHARLIE do DECIF.
As consequências, voltando atingir uma população impreparada e lamentavelmente desprotegida, resultaram numa destruição inimaginável do tecido industrial e produtivo de frágeis comunidades do interior do centro de Portugal. A tudo se juntou o desaparecimento, de difícil substituição, de parte do coberto florestal, com referência para a nossa memória histórica, representada pelo “Pinhal d´El Rei”, plantação ímpar de D. Afonso III, consolidada por D. Dinis e uma das responsáveis pela Epopeia das Descobertas e pela construção de centenas de Caravelas, com os seus 11.000 ha de pinheiro bravo, agora quase desaparecidos na totalidade.
Tal como já tinha sucedido em Junho, a ANAFS voltou ao terreno, desta feita mais em apoio das populações e auxiliando as estruturas autárquicas na organização da resposta às comunidades atingidas. Até ao final de Outubro a ANAFS envolveu 69 voluntários benévolos, membros das suas Unidades Operacionais, que intervieram em 41 operações, distribuídas por 11 Concelhos que anteriormente tinham sido atingidos, quer em Junho, quer posteriormente em Outubro.
Veterinários da Equipa K, Sapadores e Logísticos da ANAFS USAR TEAM, Psicólogos, Médicos e Enfermeiros da ANAFS DRC TEAM, Engenheiros, têm desenvolvido um esforço contínuo para manterem no terreno uma resposta técnica eficaz orientada para os anseios justos e necessidades das populações.
Lamentavelmente, poucos têm sido, os que compreendendo os esforços, suportados igualmente por recursos financeiros, de uma tesouraria habitualmente frágil e agora altamente debilitada, que vêm respondendo aos inúmeros apelos para colaborarem nas Operações Humanitárias da ANAFS. Àqueles que contrariando a letargia da maioria, disseram “presente”, a ANAFS agradece reconhecida!
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