sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Noruega continua a liderar Desenvolvimento Humano num ano em que ONU regista melhorias

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A Noruega melhorou o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e continua a ser o país mais desenvolvido do mundo, enquanto o Níger é o pior no relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Os cinco países do topo do 'ranking' mantêm-se inalterados desde o ano passado, sendo a Noruega o país mais desenvolvido do mundo, com um IDH de 0,953 num máximo de 01, seguida pela Suíça, Austrália, Irlanda e Alemanha.
O IDH cresceu a nível global em 21%, em 189 países analisados, segundo o Relatório Global de 2018 apresentado esta semana em Nova Iorque, com dados referentes ao ano de 2017.
Os autores do estudo destacaram que se tem assistido a um progresso "impressionante" no desenvolvimento humano, mas com uma tendência de desigualdade evidente e preocupante.
O PNUD conclui que mais de 51% da população mundial vive atualmente numa condição de desenvolvimento considerada alta (53 países) ou muito alta (59 países), numa altura em que a educação e formação está no nível mais elevado de sempre e a duração da vida tem aumentado.
Tecnicamente, Portugal subiu uma posição, encontrando-se em 41º lugar do 'ranking', mas encontra-se empatado com a Letónia, ambos com IDH de 0,847.
Nesta edição do estudo, apenas 38 países foram contabilizados na categoria mais baixa de desenvolvimento, entre os quais se encontram os países de língua portuguesa Guiné-Bissau e Moçambique, contra 50 em 2016. No fundo da tabela está o Níger, com um IDH de 0,354.
Deste modo, 926 milhões de pessoas são afetadas pelo fraco desenvolvimento nos seus países, totalizando 12% da população mundial estudada.
O PNUD congratula-se com a redução dos resultados considerados baixos, sendo que, em 1990, a categoria mais fraca englobava 60% da população mundial.
O IDH é dividido em três dimensões da vida humana: saúde (aliada a longevidade), qualidade de vida (medida em rendimento nacional bruto per capita) e educação, com dados recolhidos por agências nacionais e internacionais até 15 de julho de 2018.
A edição deste ano destaca cinco aspetos de avaliação: qualidade do desenvolvimento humano, desigualdades de género, emancipação das mulheres, sustentabilidade ambiental (incluindo a qualidade ambiental como parte do desenvolvimento humano) e sustentabilidade sócio-económica.
O relatório conclui que um dos entraves mais graves que se põem ao desenvolvimento humano é a desigualdade de género, pois a nível global, as mulheres beneficiaram de menos 5,9% de melhoria de condições do que os homens.
Novos dados apresentados no relatório contrapõem a esperança média de vida à esperança de média de vida saudável, estimando que o tempo que uma pessoa vive em boa saúde é de menos 12 anos do que o tempo considerado pela esperança média de vida à nascença.
O PNUD avisa: "viver mais tempo não significa automaticamente mais anos passados a aproveitar a vida" e, por isso, o foco tem de ser passado para a melhoria qualitativa do desenvolvimento humano, não só quantitativa.
Em nota final, os autores indicaram que se os problemas ambientais não forem resolvidos ou atenuados, em 2030 haverá mais 100 milhões de pessoas a viver em condições de pobreza do que atualmente, numa referência à Agenda 2030, relativa aos objetivos das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável.
Lusa

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