A autarquia de Castelo de Paiva anunciou, recentemente, um projecto que permite aliaras novas tecnologias à tradição e aos costumes de outrora, possibilitando através dos'smartphones', que os turistas possam conhecer, de carro ou pé, em quatro rotas organizadas orientadas para os ofícios de outrora, cerca de vinte profissões dos nossos avós, mas que ainda estão vivas no concelho.
O presidente da edilidade, Gonçalo Rocha explicou que as quatro rotas temáticas estão prontas para ser visitadas por quem quiser, num tipo de turismo que disse estar "voltado para as famílias", reconhecendo depois que, este projecto é um "piscar de olho" aos turistas oriundos das grandes cidades, onde já pouca gente, sobretudo as gerações mais novas, conhecem estas artes e ofícios de antigamente, que por cá ainda estão em funcionamento nos seus locais habituais, muitos deles há séculos, sendo que, madeira, metal e pedra, tecidos e calçado e, por fim, a gastronomia são as rotas propostas, cada uma com vários anciãos, cujas mãos são guardiãs das artes e ofícios do passado.
Basta descarregar a aplicação para telemóveis e toda a informação está na palma da mão, convidando cada um a seguir uma das quatro rotas, devidamente sinalizadas no território concelhio e com geo-referenciação por GPS dos destinos, para ajudar nos percursos traçados por entre os rios, os vales e as serras que moldam Castelo de Paiva, no extremo norte do distrito de Aveiro.
Por outro lado, o autarca paivense elogia todo o trabalho realizado para concretizar este projecto e recomenda que as visitas sejam marcadas previamente, através da Loja Interactiva de Turismo, localizada na sede do concelho, onde serão dadas informações adicionais, para que esta experiência seja mais agradável, onde existem brochuras que explicam tudo ao pormenor, onde nesta fase foram incluídos vinte pontos de visita, onde os artesãos explicarão, nos seus locais de trabalho, e nas suas aldeias, os respectivos ofícios, perspectivando –se que, no futuro, estas rotas possam ser alargadas.
Com este produto turístico, os visitantes podem, por exemplo, ficar a saber como se faz um sapato pelos métodos tradicionais, se tecem bonitos tapetes, se corta o cabelo à moda antiga numa velha barbearia, se trabalha as pedras de xisto e se fazem as redes de pesca usadas outrora na pesca no Rio Douro, ou também, a cestaria afamada na terra e como se trabalha o ferro, os cobres artísticos e a arte de moer cereais, entre outros ofícios ancestrais, de uma ruralidade que ainda existe no concelho, incluindo um lagar de azeite, que vão encantar os turistas, como prevê o presidente Gonçalo Rocha.
O ideal neste projecto, será sempre a possibilidade do visitante ir ao local e dialogar com o artesão, que explicará os detalhes do seu ofício, até porque estas rotas temáticas constituem mais um elemento de atractividade de um concelho que tem feito uma "aposta grande" no turismo, potenciando os seus recursos naturais, a poucos quilómetros do Grande Porto, traduzindo-se numa estratégia que já está a dar frutos, referenciando indicadores cada vez mais positivos, nomeadamente ao surgimento de novas unidades de alojamento, locais de restauração, e a outros projectos turísticos que estão na forja e que vão consolidar uma dinâmica mais forte num sector que é fundamental para alavancar a economia local e projectar o concelho.
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