Serralves vai voltar a Torres Vedras para apresentar mais uma exposição na Paços – Galeria Municipal.
Desta vez a iniciativa incidirá na obra de Ângelo de Sousa (Lourenço Marques, Moçambique, 1938-2011, Porto). De referir, a propósito desta mostra, que além de ser uma das figuras mais influentes da arte portuguesa da segunda metade do século XX, Ângelo de Sousa é um dos artistas melhor representados na Coleção de Serralves, com trabalhos realizados entre os anos 1960 e 2010, e que abarcam todos os meios artísticos a que ele se dedicou ao longo da sua prolífica carreira: desenho, pintura, escultura, instalação, filme e fotografia.
Caracterizados por uma aparente simplicidade — o artista tenta obter, nas suas palavras, "o máximo de efeitos com o mínimo de recursos, o máximo de eficácia com o mínimo de esforço, e o máximo de presença com o mínimo de gritos” —, os desenhos, pinturas e esculturas de Ângelo de Sousa não ilustram conceitos, nunca partem de ideias, mas da ânsia de fazer e pensar com as mãos. A exposição sublinha esta vontade de trabalhar com elementos simples, ao apresentar as primeiras obras de Ângelo de Sousa, ainda figurativas, mas apontando já para a depuração que viria a caracterizar o artista, lado a lado com os exercícios abstrato-geométricos — nomeadamente desenhos, telas e esculturas — que o impuseram como um dos maiores estudiosos da cor e da luz.
A inauguração da exposição Ângelo de Sousa: quase tudo o que sou capaz, que foi produzida pela portuense Fundação de Serralves — Museu de Arte Contemporânea, é inaugurada no dia 27 de março, pelas 21h30. Estará patente até 19 de maio.
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