O
centésimo aniversário do nascimento de Sophia de Mello Breyner
Andresen (1919 – 2019) vai ser assinalado pela Biblioteca Municipal
Afonso Lopes Vieira com um programa de atividades a decorrer até ao
final de novembro e com uma exposição fotográfica em janeiro de
2020.
Nos
dias 2, 6, 9, 16, 23 e 30 de novembro, tem lugar a exibição de um
documentário biográfico sobre Sophia de Mello Breyner Andresen.
A
6 de novembro, o evento “O aniversário de “Sophia! Leve Sophia
consigo!” assinala a data de nascimento da poetisa, com a partilha
de textos e poemas de Sophia. Também neste dia, pelas 10h30, tem
lugar a apresentação do conto musical “O rapaz de Bronze” –
Histórias da Vida em Dó maior, para o público escolar.
No
dia 09, pelas 17h00, Há Chá com Sophia e Sena, ou seja, uma tarde
de poesia onde se recorda o pensamento e a poesia de Sophia de Mello
Breyner Andresen e Jorge de Sena, através da memória epistolar da
sua amizade e admiração mútuas.
O
Leiria Convida realiza-se dia 16, com a apresentação da biografia
“Sophia”, com a presença da jornalista e escritora Isabel Nery,
autora da
biografia.
Dia
17, a homenagem a Sophia de Mello Breyner tem lugar no Teatro José
Lúcio da Silva, com “A Floresta”, ópera infantil de Eurico
Carrapatoso, baseada no conto
homónimo de Sophia de Mello Breyner Andresen
e que é tocada pela Filarmonia das Beiras.
Em
janeiro de 2020 é inaugurada a exposição de fotografia “Os
Lugares de Sophia”, com trabalhos de António Jorge Silva, Duarte
Belo e Pedro Tropa.
O
Centenário de Sophia de Mello Breyner Andresen começou a ser
assinalado, em Leiria, no passado dia 12 de outubro, com o bailado
“Na Substância do Tempo”, apresentado no Teatro José Lúcio da
Silva pela Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo.
Para
mais informações poderá contactar a Biblioteca Municipal Afonso
Lopes Vieira, através do email biblioteca.municipal@cm-leiria.pt ou
do telefone 244 839 666.
Sophia
de Mello Breyner Andresen (1919-2004)
Nasceu
a 6 de novembro de 1919 no Porto, onde passou a infância. Estudou
Filologia Clássica na Universidade de Lisboa e publicou os primeiros
versos em 1940, nos Cadernos de Poesia.
Na
sequência do seu casamento com o jornalista, político e advogado
Francisco Sousa Tavares, em 1946, passou a viver em Lisboa. Foi mãe
de cinco filhos, para quem começou a escrever contos infantis. Além
da literatura infantil, Sophia escreveu também contos, artigos,
ensaios e teatro. Traduziu Eurípedes, Shakespeare, Claudel, Dante e,
para o francês, alguns poetas portugueses, entre os quais, Camões.
Uma
das mais importantes poetisas portuguesas do século XX, a sua obra
está traduzida em várias línguas.
Diversas
vezes premiada, foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais
importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio
Camões, em 1999.
Dos
prémios recebidos contam-se ainda, entre outros, o Prémio Poesia
Max Jacob 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana –
a primeira vez que um português venceu este prestigiado galardão.
Com
uma atitude interventiva, denunciou ativamente o regime salazarista e
os seus seguidores. Apoiou a candidatura do general Humberto Delgado
e fez parte dos movimentos católicos contra o antigo regime, tendo
sido um dos subscritores da "Carta dos 101 Católicos"
contra a guerra colonial e o apoio da Igreja Católica à política
de Salazar. Foi ainda fundadora e membro da Comissão Nacional de
Apoio aos Presos Políticos. Após o 25 de Abril, foi eleita para a
Assembleia Constituinte, em 1975, pelo círculo do Porto, numa lista
do Partido Socialista. Foi também público o seu apoio à
independência de Timor-Leste, consagrada em 2002.
Falecida
a 2 de julho de 2004, em Lisboa, em 2014, foram-lhe concedidas honras
de Estado e os seus restos mortais foram trasladados para o Panteão
Nacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário