A colaboração
internacional LUX-ZEPLIN (LZ), que integra uma equipa do LIP-Coimbra
(Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de
Partículas, polo de Coimbra), sediado na Universidade de Coimbra
(UC), acaba de apresentar os seus primeiros resultados científicos.
Os investigadores mostram que, com apenas 60 dias de aquisição de
dados, a LZ é a experiência de matéria escura mais sensível do
mundo.
Isabel Lopes,
investigadora principal do grupo do LIP que participa na experiência
e professora do Departamento de Física da Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), afirma que estes
resultados, disponibilizados em https://lz.lbl.gov/,
«são
um passo determinante para a deteção das partículas de matéria
escura».
Além de fornecer informação precisa acerca da posição e tipo de partícula que interage no seu alvo, o detetor da LZ é capaz de medir energias com grande exatidão. «É espantosa a precisão que é possível obter na determinação da energia», declara Guilherme Pereira, estudante de doutoramento da FCTUC que integra a equipa do LIP na LZ e que foi responsável pelos estudos que conduziram a essa elevada precisão, acrescentando que «fazer o doutoramento nesta equipa tem sido uma experiência extremamente estimulante».
A equipa do LIP deu numerosas contribuições fundamentais para a experiência LZ. Entre elas, «o desenvolvimento e implementação do sistema de controlo do detetor – o sistema nevrálgico da experiência – e do sistema que permite monitorizar em tempo real os dados adquiridos pela LZ. Também desenvolveu ferramentas avançadas fundamentais para a análise e processamento de dados e liderou os estudos de decaimentos raros de xénon que estão entre os eventos mais raros do universo», relata Isabel Lopes.
A participação do LIP na experiência LZ é financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). A LZ é financiada pelo Department of Energy (DOE) dos Estados Unidos, pelo Science & Technology Facilities Council do Reino Unido, pelo Institute for Basic Science da Coreia do Sul e pelas instituições colaboradoras.
Cristina Pinto
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