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Na Europa, só há dois países que ultrapassam estes números.
Não é fácil quantificar esta realidade, devido ao fenómeno dos falsos
recibos verdes, trabalhadores temporários e sem vínculos formais, que trabalham
com os mesmos termos que um contratado.
A partir dos números registados de contratos a prazo é possível construir
uma estatística. Os números não são animadores - 20% dos trabalhadores em
Portugal são temporários. Na Europa, só Espanha e Polónia ultrapassam estes
números.
Os últimos dados comparáveis do Eurostat são do ano passado. O economista
João Cerejeira explica que, neste capítulo, o mercado laboral português
distancia-se da maioria. "Estamos 7 pontos percentuais acima daquilo que é
a média para os países que fazem parte da moeda única".
Mesmo em toda a União Europeia, Portugal continua a ser o terceiro país com
mais percentagem de contratos temporários. Antes da crise, e nos primeiros anos
da troika, a tendência era de descida, mas o economista da Universidade do
Minho lembra que entretanto a dinâmica inverteu-se.
Em relação aos falsos recibos verdes, são difíceis de quantificar. As
inspeções de trabalho permitiram detetar mais de 1500 casos em 2014, o triplo
do ano anterior, mas só foram inspecionadas 16 mil empresas, ou seja, apenas 4%
do tecido empresarial português.
Fonte: tsf
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