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Os funcionários e pensionistas do Estado
terão de passar a pagar parte das próteses.
A partir de 1 de Junho, os
beneficiários da ADSE passam a ser obrigados a pagar 20% das próteses
intraoperatórias, que até agora estavam integralmente cobertas.
A decisão parte do
Governo, tendo sido publicado no site da ADSE um despacho do secretário de
Estado da Saúde, que data de 23 de março de 2016.
Este documento integra as novas
tabelas de preços aplicáveis aos prestadores de serviços de saúde que tenham
acordos com o subsistema de saúde dos funcionários e pensionistas do Estado.
“Considera-se como prótese
todo o substituto artificial de um órgão, estrutura anatómica, membro ou parte
do mesmo, destinado a assegurar as respetivas funções, comprometidas por
doença, deficiência, insuficiência ou destruição”, pode ler-se.
Já as TAC e ressonâncias
magnéticas veem o seu valor descer de 30 para 25,50 euros.
O preço mantém-se inalterado
nas consultas e maior parte dos atos médicos.
Segundo a ADSE, a nova
tabela traduz-se numa redução de quatro milhões de euros para este subsistema
de saúde da Função Pública e de um milhão para os beneficiários.
A ADSE, com estas
alterações, procurou "introduzir critérios de racionalidade na relação com
os prestadores convencionados, que veem reduzidas algumas das margens
praticadas". Em contrapartida, é reforçada "a sustentabilidade da
ADSE" e dado aos beneficiários "uma proteção e uma salvaguarda acrescida,
pela fixação prévia do preço do respetivo procedimento cirúrgico",
esclarece a ADSE em comunicado enviado à agência Lusa.
Em relação à introdução de
um copagamento de 20% a cargo do beneficiário nas próteses intraoperatórias,
explica a ADSE que "existe, no entanto, um limite a esse copagamento a
cargo do beneficiário, já que nas situações de próteses intraoperatórias com
valor unitário superior a mil euros, o encargo da ADSE continua a ser de 100%
da parte que exceda esse valor (1.000 euros). Ou seja, por exemplo, numa
prótese intraoperatória que custe 30.000 euros o copagamento a cargo do
beneficiário será então de 200 euros".
Introduz-se ainda a
obrigatoriedade de os prestadores informarem previamente os serviços clínicos
da ADSE quando se propuserem proceder à aplicação de uma prótese
intraoperatória de valor unitário superior a 1.000 euros, justificando
clinicamente a respetiva opção, adianta.
Segundo a ADSE, as
alterações referem-se também ao estabelecimento de "um conjunto de preços
fechados em cerca de 60 procedimentos cirúrgicos realizados em ambulatório,
fixando um preço total por procedimento que inclui todos as rubricas que eram
anteriormente faturadas separadamente, com a exceção das próteses
intraoperatórias, que continuam de fora desse preço fixo".
De acordo com a ADSE, as
alterações surgem na sequência de um aumento 'significativo' da utilização de
próteses mais caras por parte dos hospitais privados.
Pode consultar as novas tabelas aqui.
Fonte: Lusa
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