sexta-feira, 13 de maio de 2016

Grupo de Trabalho volta a reunir-se hoje para encontrar solução para lesados do BES

Foto:Impala
Grupo de trabalho que procura solução para compensar lesados do Grupo Espírito Santo volta reunir sexta-feira, num processo que envolve Lacarda Machado. Cerca de 2.000 clientes dizem-se lesados.

O grupo de trabalho que está a procurar uma solução para compensar os lesados do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) volta a reunir-se esta sexta-feira, na parte da manhã, em Lisboa. O processo conta com a intervenção de Lacerda Machado, o advogado e amigo de António Costa, que assinou um contrato para trabalhar para o Estado como consultor.

Como habitualmente, o encontro vai juntar a Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial do GES, o Banco de Portugal, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, sob a mediação do Governo, e tem como objetivo dar mais um ‘passo’ numa solução que tente compensar os 2.084 clientes que dizem ter sido lesados pelo BES.

Estes investidores do retalho reclamam 432 milhões de euros investidos em papel comercial das empresas Espírito Santo Internacional e Rioforte, do GES, que foi vendido aos balcões do banco BES. Esse dinheiro foi dado como praticamente perdido aquando da ‘implosão’ do grupo da família Espírito Santo, em 2014.

O Governo assumiu este caso como uma prioridade por considerar que está em jogo a reposição da confiança no sistema financeiro, e o primeiro-ministro fez questão de presidir em março à cerimónia de assinatura do memorando de entendimento em que as partes se comprometeram a encontrar uma solução até ao início de maio.

No final de abril, um comunicado divulgado à Lusa pelas partes envolvidas nas negociações referia que estava “muito perto” uma solução para este caso, mas que ainda precisava de “algum trabalho de concretização”.

O jornal Sol noticiou no último fim de semana que a solução poderá passar pela criação de um veículo financeiro que comprará os créditos que os clientes lesados têm sobre as empresas do GES, sendo que será depois esse veículo que irá receber eventuais compensações decorrentes da massa falida das empresas insolventes. Deverá ainda assumir as ações em tribunal que os lesados puseram e receberá eventuais compensações que venham a ser decididas na Justiça.

A questão agora é saber como será o veículo financiado numa fase inicial, uma vez que terá de pagar aos clientes lesados para ficar com os seus créditos.

Falta também enquadrar juridicamente esta solução, de modo a que seja garantido que não há impedimentos legais à sua concretização.


Fonte: Lusa

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