Díli, 13 mai (Lusa) - A
maioria dos países lusófonos está hoje menos frágil do que há um ano, sendo a
pobreza e declínio económico e o desenvolvimento desequilibrado os fatores que,
na maioria dos casos, mais condicionam a avaliação, segundo uma análise internacional.
Os dados fazem parte do
Índice dos Estados Frágeis (IEF) de 2015, indicador elaborado pela organização
não-governamental (ONG) Fundo para a Paz, que analisa a situação de 178 países
com base em 12 indicadores sociais, económicos e políticos.
Estes indicadores incluem
pressão demográfica, pobreza e declínio económico, desenvolvimento
desequilibrado, legitimidade do Estado, segurança, direitos humanos, estado de
direito, elites fracionadas e intervenção externa, entre outros.
Guiné-Bissau, Timor-Leste,
Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Portugal melhoraram todos
no 'ranking' 'em 2015, face ao ano anterior, tendo Angola, Moçambique e Brasil
piorado.
O estudo divide os países em
11 níveis de fragilidade que vão desde "alerta muito elevado" - onde
estão atualmente quatro países, todos africanos (Sudão do Sul, Somália,
Republica Centro-Africana e Sudão) - até ao "muito sustentável", onde
está apenas a Finlândia.
Os níveis são "alerta
muito elevado", "alerta elevado", "alerta" (Guiné-Bissau
e Timor-Leste), "advertência elevada" (Angola, Moçambique e Guiné
Equatorial), "advertência" (Cabo Verde, São Tomé e Príncipe)
"advertência baixa" (Brasil), "menos estável",
"estável", "mais estável", "sustentável"
(Portugal) e "muito sustentável".
Nesta classificação, a
Guiné-Bissau é o pior dos países lusófonos, tendo caído um lugar, de 16 para
17. Segue-se Timor-Leste (que melhorou da 31.ª para a 34.ª posição).
Angola piorou dois lugares
(de 43 para 41), Moçambique piorou cinco (de 50 para 45) e a Guiné Equatorial
melhorou dois (de 52 para 54).
Cabo Verde melhorou dois
lugares, de 93 para 95, e São Tomé e Príncipe passou do 87 para o 93, sendo
esta a maior melhoria.
O Brasil piorou dois postos,
passando de 125.º para 123.º.
Portugal está entre o grupo
de 14 países do nível "sustentável", tendo melhorado dois postos, de
162 para 164.
A Guiné-Bissau tem as suas
piores notas em legitimidade do Estado e serviços públicos enquanto Timor-Leste
e o Brasil têm as suas piores avaliações na pressão demográfica e na pobreza e
declínio económico.
No caso de Angola, a pior
nota é em desenvolvimento desigual, em Moçambique é no desenvolvimento desigual
e no serviço público e na Guiné Equatorial é na legitimidade do Estado e
direitos humanos.
Para São Tomé e Príncipe, o
fator de maior fragilidade é a pobreza e declínio económico, no caso de Cabo
Verde é a fuga de populações e no Brasil é a pressão demográfica e
desenvolvimento desigual.
Para Portugal, a pior nota é
na pobreza e declínio económico (5,2 valores, quase o dobro dos restantes
indicadores).
ASP // MP
Publicada por TIMOR AGORA
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