domingo, 10 de julho de 2016

Estado triste da Estação de Aveiro

Olá!
Peço desculpa por não ter dito mais nada, mas estava com muito trabalho com o final do semestre do primeiro ano de mestrado.
Entretanto criei uma página do facebook para obter mais apoiantes. Se recorrerem a essa rede social peço-lhes que ponham gosto (se assim o entenderem) e que partilhem com os outros contactos que tenham. O link

Votos de um bom fim-de-semana.

Ana TeresaGeraldo



   Sou a Ana Teresa Geraldo e faço parte do grupo Amigos da Avenida desde os tempos de liceu, quando tive a oportunidade de participar num projeto entre a minha escola - Escola Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima (Esgueira) - e a Universidade de Aveiro. O projeto tinha como nome "Terra a Terra " e visava explorar os recursos da nossa região tendo como objetivo explorar o seu potencial económico, tendo contudo, consciência cívica e ambiental. Foi a partir daí que pude reconhecer a importância do Programa Pólis bem como das iniciativas locais. Com ajuda da professora que coordenava o nosso projeto na escola, Teresa Beirão, tivemos (eu e o meu grupo) oportunidade de entrar em contacto com o senhor professor José Carlos Mota da UA e partilhar com ele aprendizagens. Foi do meu interesse pela atuação cívica bem como destes encontros com o professor da Universidade de Aveiro que pude entrar para este grupo de cidadãos participativos.

    Sempre pensei que nossa atuação enquanto grupo fosse o reavivar da Avenida Lourenço Peixinho que à data da minha entrada estava muito mais abandonada do que agora (E ainda bem!), mas rápido percebi que a preocupação era por Aveiro como um todo. Nunca ousei escrever nenhum e-mail por achar que seria muito nova e inexperiente comparando com os demais membros. Agora que já acabei a minha licenciatura em Economia, na Universidade de Coimbra, e encontrando-me a realizar o Mestrado em Estudos de Gestão na Universidade do Minho, Braga, penso que já posso dar um pequeno contributo para o debate. O viver da Universidade associado à participação associativa no Coro Misto da Universidade de Coimbra, e agora o aproveitar da juventude participativa e ativa de Braga fizeram-me viver diferentes experiências e bastante enriquecedoras.

    Penso que Aveiro ainda está pouco dinamizado e muito fechado sobre si mesmo. Embora podendo haver algumas manifestações culturais e recriativas, essas são ainda pouco divulgadas ou então dirigidas a "nichos" societários que na minha opinião não deviam existir.
    Este e-mail, contudo, não serve para falar da cultura em si mesma. É uma preocupação maior pelo património e a forma como o tratamos. A nova estação de Aveiro é bastante inovadora tendo trazido à cidade mais movimento o  que promove o desenvolvimento de atividades económicas, quanto mais não seja, devido aos movimentos pendulares de muitos trabalhadores da Zona Industrial. Mas o importante património de azulejaria e de história que estão no antigo edificio da estação parece estar esquecido. Talvez só nos lembremos dele quando estiver totalmente danificado e não puder ser possível restaurá-lo. Se nos afirmamos enquanto amigos da Avenida, a Avenida Lourenço Peixinho tem como um dos seus pontos ex libris a Norte a fachada, agora abandonada, da antiga e rica estação de Aveiro. Então pergunto: seremos mesmo amigos da Avenida?

   É verdade que não é do meu conhecimento a quem pertence o edifício, se à Câmara Municipal de Aveiro, ou se à própria Caminhos de Ferro de Portugal, CP, mas gostava que tivessemos uma voz ativa enquanto grupo. Pelo menos que fizessemos abanar corações e mentalidades, porque se não for por mais nada que seja pela afetividade que temos ao que é nosso. E a estação antiga é nossa e representa muito do que foi o nosso passado!

    Gostava, assim, de saber se os coordenadores e restantes membros deste grupo pensam deste assunto. Consideram que podemos ter alguma intervenção? Eu ACREDITO  que é possível! Estou disponível para debatermos a situação, bem como para participar em atividades que pensem ser pertinentes para ajudar a nossa querida antiga estação.

     Com os melhores cumprimentos,


       Ana Teresa Geraldo

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