Líder do PSD considera que "não há
nenhum favorecimento que possa ter praticado".
Olha que dois artistas do teatro europeu. Durão Barroso vai chamar o Coelho |
O presidente do PSD, Pedro Passos
Coelho, afirmou hoje em Ansião, Leiria, que não vê qualquer conflito de
interesses na ida do ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso para o
Goldman Sachs, elogiando o antigo líder social-democrata.
"Eu não vejo nenhuma questão que
possa deixar um conflito de interesses ou qualquer outra matéria que
constituísse um impedimento dessa natureza", sublinhou, referindo que os
ex-comissários têm já "um período de nojo" e "estão impedidos de
trabalhar em áreas em que tutelaram".
Segundo Passos Coelho, este "não é
o caso", sublinhando que "não há nenhum favorecimento que possa ter
praticado, quando foi presidente da Comissão Europeia, a esta empresa em
particular".
Além disso, "não há nada do ponto
de vista político que [Durão Barroso] faça hoje para beneficiar uma empresa,
porque agora está fora da actividade política e não está em lugares de
representação política".
Para o líder do PSD, o ex-presidente da
Comissão Europeia está "preparadíssimo" para o banco de investimento
Goldman Sachs, não tendo ficado surpreendido com a ida deste para um lugar só
acessível a pessoas "com uma grande craveira".
Passos Coelho mostrou-se "muito
satisfeito" pela função que Durão Barroso vai desempenhar no banco de
investimento, com sede em Nova Iorque, acreditando que o ex-presidente da
Comissão Europeia vai "acrescentar valor" ao Goldman Sachs, como o
poderia fazer "em qualquer outro banco importante no mundo".
"Foi um grande presidente da
Comissão Europeia, que liderou a Comissão com muita inteligência e com coragem,
num dos períodos mais complexos e difíceis da vida da União Europeia",
salientou o líder social-democrata, referindo que Durão revelou
"capacidade de liderança e sentido estratégico".
Quanto às críticas, o presidente do PSD
tem "alguma dificuldade em compreendê-las", classificando de
mesquinhos alguns dos comentários feitos em torno da ida de Durão Barroso para
aquele banco, onde vai assumir funções de presidente não executivo.
"Muitos dos comentários que são
feitos, são feitos duma forma personalizada, pessoalizada, mostrando aquilo que
a política tem de pior", enfatizou Passos Coelho.
Durão Barroso, com quem Passos Coelho
nem sempre esteve de acordo, é "uma pessoa muito bem preparada e, de
certeza, deixará um bom exercício na função que vai agora desempenhar".
Pedro Passos Coelho falava aos
jornalistas antes do começo do jantar concelhio do PSD/Ansião, no distrito de
Leiria, onde são homenageados os primeiros eleitos nas listas do PSD nas
eleições de 1976.
Vários líderes políticos franceses
criticaram hoje a nomeação do ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso
para presidente não executivo do banco Goldman Sachs, considerando que há
"conflito de interesses" e que é uma "indecência".
Fonte: rr.sapo.pt
Comentário: nós, cidadãos
portugueses não em lado nenhum que pugne pela nossa dignidade e, permitimos que
seja feito tudo nas nossas costas em nosso nome.
No banco Goldman Sachs já lá foram
colocados alguns portugueses, o que de concreto fizeram pelo País onde
nasceram? Zero. Agora vai par a lá um, à conta de quem o sustentou em Portugal.
Não me sinto “orgulhoso” pelo facto, pelo contrário, sinto-me incomodado na
medida em que o nosso País vai ter que sangrar mais um pouco, tendo em conta
que sustentar abutres e quebra ossos políticos sempre teve os seus elevados
custos.
J. Carlos
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