Marcos Luiz Garcia
Caminhamos para mais uma “ficção eleitoral”. Este disparate se confirma de modo especial em São Paulo, onde os vencedores terão a terceira economia do País nas mãos. Daí o vale tudo. No afã de ganhar, as alianças vão sendo inescrupulosamente tentadas, mesmo entre velhos inimigos políticos e ideológicos, deixando o eleitorado pasmo diante de tanto descaramento. O artificialismo eleitoral tornou-se óbvio. Nosso panorama político-eleitoral é uma vergonha, um leque só com ideologias de esquerda.
O conjunto dos políticos parece uma troupe teatral cujos atores, todos muito amigos e afinados entre si, desempenham o papel que o organizador da peça lhes pedir. O maior descalabro é que a grande maioria do eleitorado não afina com o esquerdismo dos políticos; quereriam outra coisa que, aliás, em parte são prometidas nas campanhas eleitorais. Porém, a realidade histórica invariável mostra que, uma vez no poder, seja quem for, as promessas direitistas ficam no congelador, e os dirigentes vão fazendo tudo caminhar cada vez mais para a esquerda. O eleitorado mais uma vez se decepciona, descola, e conclui: “Não tem jeito, nosso ‘cardápio’ político é marcado por um só viés. Parece restaurante vegetariano”.
“Lé com lé; cré com cré”, poderia ser o lema do nosso quadro partidário. Onde foi parar a representatividade democrática? Não estamos assistindo propriamente ao velório da democracia? Será que no futuro alguma direita autêntica vai reclamar uma “Comissão da Verdade” para saber o que as esquerdas fizeram da “democracia” brasileira? Quem foram os seus torturadores? Onde foram enterrados os seus restos? A História dá muitas voltas.
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(*) Marcos Luiz Garcia é colaborar da ABIM
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