O Rio de Janeiro passou domingo a Tóquio o testemunho
para a realização dos próximos Jogos Paralímpicos, num espetáculo que mostrou o
som e as cores do Brasil e fechou em festa, ao som de Ivete Sangalo.
A atuação da estrela da música brasileira foi
antecedida pela atuação de outros cantores e por uma antevisão do que pretendem
os organizadores dos Jogos Tóquio2020.
Daqui a quatro anos, os japoneses querem, com o lema
"Mudança e Atitude", mostrar que a cada dia se abrem novas
oportunidades às pessoas com deficiência.
No final da apresentação nipónica, foi cumprido o
habitual protocolo, com o perfeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, a entregar
a bandeira paralímpica ao presidente do Comité Paralímpico Internacional,
Philip Craven, que em seguida a "confiou" à governadora de Tóquio,
Yuriko Koike.
O espetáculo dividido em 10 quadros, mas desta vez com
espaço do relvado ocupado por atletas, começou com muita música, em diferentes
ritmos, mas com o mítico Estádio Maracanã bem mais vazio do que na abertura.
Com a ajuda dos telemóveis da grande maioria dos
espetadores e atletas que assistiram à cerimónia, e com estrelas artificiais, o
Maracanã ouviu o hino brasileiro, seguindo-se o desfile das bandeiras dos
países participantes.
O atleta Luís Gonçalves, que conquistou uma das quatro
medalhas de bronze conseguidas por Portugal, foi o porta-estandarte luso no
desfile, ao qual se seguiu um enorme fogo-de-artifício.
A canção 'One Love', de Bob Marley, serviu para a
organização a agradecer a todos os voluntários que trabalharam na organização
dos Jogos, que reuniram mais de 4.350 atletas de 164 países.
Durante a cerimónia, foi cumprido um minuto silêncio em
memória do ciclista paralímpico iraniano Bahman Golbarnezhad, que morreu no
sábado na sequência de uma queda numa prova de estrada dos Jogos Rio2016.
O espetáculo de Ivete Sangalo começou com a música Paz
e com a chama, que esteve acesa desde 07 de setembro, a ser apagada pelo vento
de inúmeros e grandes moinhos que foram entrando no recinto.
A festa fechou com o Maracanã a "balançar",
e com o espaço do relvado transformado num sambódromo, bem mais vazio do que o
esperado devido à chuva, que fez com que muitos atletas saíssem mais cedo da
festa.
Daqui a quatro anos, muitos destes atletas, que se
superam a cada prova, vão voltar a juntar-se em Tóquio, a cidade que em 1964
recebeu, além dos Jogos Olímpicos, aquela que é considerada a primeira edição
dos Jogos Paralímpicos.
Lusa
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