Representantes dos taxistas querem ser indemnizados pelos prejuízos que tiveram no último ano e meio. E admitem que podem aumentar os confrontos entre motoristas.
A Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) vai avançar com um processo em tribunal contra a Uber e vários organismos do Estado, entre eles o governo.
Em causa, segundo a ANTRAL, o facto de no último ano e meio não terem sido aplicadas as decisões dos tribunais que consideraram ilegal a atividade de plataformas eletrónicas como a Uber ou a Cabify.
À TSF, Florêncio Almeida, o presidente da ANTRAL, acusa os políticos de nada fazerem e agora só se preocuparem com a legalização da Uber.
O processo que entra dentro de dias nos tribunais pede 6 milhões de euros por prejuízos causados aos taxistas é contra a Uber, mas também contra o governo, outras entidades do Estado e as autarquias de Lisboa e do Porto.
O presidente da ANTRAL garante que os taxistas não vão parar a luta contra a Uber e, com a legalização, os confrontos entre motoristas podem aumentar.
A proposta do governo para legalizar a atividade destas plataformas eletrónicas de transportes foi conhecida esta segunda-feira e prevê uma série de medidas para regular a atividade da Uber e da Cabify, bem como os seus motoristas.
Antes destas declarações da ANTRAL, também a Federação Portuguesa do Táxi tinha contestado a proposta do governo.
Nuno Guedes - TSF
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