Patrice
Trovoada continua a pôr e dispor em São Tomé e Príncipe na sequência de ter
sido eleito em processo aparentemente democrático (existe o “banho”, em que os
candidatos pagam aos eleitores para votarem neles). Trapalhona foi a eleição do
candidato presidencial de Patrice, que após algumas irregularidades acabou por
ser eleito.
A soma da situação é a concentração de poderes em Patrice Trovoada
depois de obter a eleição de um PR fantoche, Evaristo de Carvalho. De eleito
com semelhanças a democraticamente Patrice, PM de São Tomé e Príncipe, dá indícios
de desejar o poder absoluto.
Os
indícios são já os suficientes para causar a apreensão dos são-tomenses, não se
podendo ainda considerar Patrice um ditador. Mas tudo indica que para lá
caminha.
Jornalistas
já se queixam de perseguições, aparentemente e até provas em contrário o judiciário
já está sob o controle de Patrice, conforme denunciam as apreensões de muitos
santomenses. A concentração de poderes na pessoa do PM está a esvaziar ainda
mais a debilitada democracia existente no país.
Para
Patrice a batalha do controle da comunicação social está em curso. É assim que
muitos da profissão consideram. A liberdade de imprensa em São Tomé e Príncipe
está ameaçada, segundo as preocupações do Sindicato dos Jornalistas. Leiam
mais, proporcionado pela RFI sobre África. (PG)
Liberdade
de imprensa ameaçada em São Tomé?
A
Associação de Jornalistas de São Tomé e Príncipe pediu ao Ministério Público um
esclarecimento sobre a denuncia feita pelo primeiro-ministro Patrice Trovoada,
afirmando que um jornalista recebeu uma arma de guerra na Presidência da
República.
A
denúncia foi feita pelo primeiro-ministro são-tomense na última entrevista à
imprensa publica do país. Sem precisar o nome, Patrice Trovoada terá afirmado
que um jornalista recebeu uma arma de guerra na Presidência da República.
"
Os jornalistas e, particularmente, aqueles que procuram fazer o seu trabalho
com independência não pode ser confundida com a de um mercenário",
sublinhou o chefe do executivo.
A
Associação de Jornalista do país decidiu entregar uma exposição em que solicita
ao Ministério Público o esclarecimento da denúncia feita pelo primeiro-ministro
são-tomense. Em entrevista à RFI, Juvenal Rodrigues, presidente da Associação
de jornalistas, diz que quer que a pessoa seja identificada.
"Entendemos
enquanto Associação de Jornalistas que o poder neste momento tem todas as
capacidades de fazer uma investigação concreta, objectiva para perceber se a
pessoa que teria recebido a tal arma, não sabemos se recebeu ou não (...) Fomos
obrigados a recorrer ao Ministério Público, já que o senhor primeiro-ministro não
quis identificar a pessoa, para que faça esse trabalho".
Juvenal
Rodrigues denuncia que há uma tendência para perseguir alguns jornalistas."Neste
contexto actual de excesso de poder, nós ficamos com a impressão que a
tendência é tentar ameaçar, tentar condicionar os trabalhos dos profissionais
que não prestam vassalagem ao poder".
Actualmente
em São Tomé e Príncipe o chefe de Estado e o primeiro-ministro são da mesma cor
política, ADI, uma situação inédita no país e que suscita receios sobre a
concentração de poderes.
RFI
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