sábado, 15 de outubro de 2016

MARCELO NÃO QUER CRISES E LANÇA RECADOS A PASSOS COELHO


 
Tiago Petinga / Lusa
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa
O Presidente da República anunciou que a sua grande prioridade, para os próximos tempos, é “garantir a estabilidade política e social e evitar crises”. Um aviso deixado por Marcelo Rebelo de Sousa num seminário que tinha Passos Coelho na plateia.
Foi no encerramento do seminário “Portugal: uma estratégia para o crescimento”, que Marcelo solicitou ao Fórum da Competitividade, que o Presidente da República deixou vários recados a Passos Coelho, vincando a ideia de que o país precisa de “estabilidade política e social” e que é necessária “confiança” para que a economia cresça, conforme declarações divulgadas pelo Público.
Com Pedro Passos Coelho na primeira fila, Marcelo repetiu, por mais do que uma vez, que a sua grande prioridade é a “clareza de demarcação de alternativa de Governo”, apontando como objectivo maior “garantir a estabilidade política e social e evitar crises, fomentar a distensão e acalmias colectivas”.
Na véspera do debate em torno do Orçamento do Estado (OE) para 2017, Marcelo ainda alerta o líder do PSD que, sendo necessário que haja “investimento para fazer crescer Portugal”, é preciso assimfomentar a “confiança” na solução de governo.
“O Governo está hoje numa posição menos frágil, mas envolvido num quadro económico de evolução complexa e problemática”, aponta o Presidente da República.
Deste modo, Marcelo sustenta que urge “continuar a estabelecer pontes e defender acordos políticos e sociais de regime a pensar no crescimento efectivo de médio e longo prazo, e insistir na concertação social sem parceiros privilegiados”.
O Presidente da República ainda reforça que é preciso “criar condições para que os dois termos e pólos da presente alternativa governativa, o do Governo e o da oposição, sejam o mais claros e fortes possíveis, para assegurarem aos portugueses caminhos inequívocos de escolha no presente e no futuro”.
“O essencial do trabalho terá de ser nosso”, designadamente “com clareza de demarcação de alternativa de governo”, diz também Marcelo, vincando que não se deve esperar “previsibilidades e ajudas excepcionais do mundo e da Europa”.
Lembrando que a aliança de todos os partidos contribuiu para a eleição de António Guterres como secretário-geral da ONU, Marcelo destaca que “vale a pena, sem escamotear a verdade nem iludir obstáculos, nem afastar a existência de alternativas – que só ganham em serem claras e bem definidas -, acreditarmos em nós próprios”.
O Público menciona ainda que o discurso de Marcelo surgiu a contragosto de “empresários e políticos de direita presentes” no seminário e que aproveitaram para criticar as medidas do governo socialista.
ZAP

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