sábado, 15 de outubro de 2016

PROIBIÇÃO DE CALCULADORAS GRÁFICAS NOS EXAMES NACIONAIS CAUSA POLÉMICA


 
USP Imagens
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Pais e alunos estão a protestar contra contra a proibição de usar calculadoras gráficas nos exames nas disciplinas de Física e Química A e Matemática A, um despacho que chegou esta semana às escolas por parte da Direção-geral da Educação (DGE).
O documento, divulgado a 10 de outubro, explica em que situação se pode usar a calculadora gráfica – que os estudantes do ensino secundário tiveram de comprar para este ano letivo.
De acordo com a DGE, os alunos podiam usar calculadoras gráficas nos exames nacionais mas, agora, os programas de Física e Química A e Matemática A vão sofrer algumas alterações.
Relativamente à disciplina de Física e Química A, durante as aulas a utilização da calculadora gráfica continua ser recomendável, mas passa a não ser permitida no exame nacional.
“Em conformidade com Ofício Circular S-DGE/2016/3793, informa-se que no exame nacional da disciplina de Física e Química A, a realizar em 2016/2017, os alunos deverão ser portadores de calculadoras científicas, não sendo permitido o uso de calculadoras gráficas”, sublinha a DGE.
Quanto à disciplina de Matemática A, o exame nacional vai ser constituído por dois cadernos – um em que é permitido o uso da calculadora gráfica e outro em que é proibido o seu uso.
“Assim, os alunos que se apresentem ao exame deverão ser portadores de calculadora gráfica para a resolução de questões que exigem ao recurso à mesma”, descreve o documento divulgado pela DGE.
Segundo a Renascença, a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) afirma que estas “decisões tomadas de forma avulsa” não têm em conta o investimento feito pelas famílias.
“É mais uma alteração já com o campeonato a decorrer”, critica.
“Ainda não sabemos muito bem porque não podem ser usadas as máquinas gráficas”, confessa Jorge Ascenção, dirigente da Confap, lembrando que há várias implicações: ao nível despesa e do conhecimento, pois até “as provas terão provavelmente de ser diferentes”.
Agora, as famílias que já compraram calculadoras gráficas ou iam apostar na reutilização, vão ter de fazer um novo investimento.
BZR, ZAP

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