O Município de Leiria aprovou em reunião de Câmara a aquisição do antigo Paço Episcopal, com o objetivo de instalação da Loja do Cidadão naquele espaço, uma medida que faz parte de uma estratégia de fortalecimento do património municipal.
A deliberação será apreciada pela Assembleia Municipal, dia 11 de Novembro, que terá de autorizar ainda a Câmara Municipal a concretizar o negócio.
“Desde sempre assumimos que faz todo o sentido que a Loja do Cidadão fique na cidade, porque é mais uma âncora para dinamizar o centro”, disse o presidente da Câmara Municipal de Leiria, Raul Castro, acrescentando que a opção de compra, por 4,15 milhões de euros, em vez de arrendamento, é mais vantajosa para o Município, pois ao fim de 15 anos o investimento será recuperado com as rendas a receber com a Loja do Cidadão, onde funcionarão serviços ligados à Autoridade Tributária, Segurança Social, Instituto dos Registos e Notariado e Serviços Municipalizados de Água e Saneamento.
Além deste imóvel, que possui estacionamento próprio e está localizado junto ao terminal rodoviário, o Município, que garantiu já a aquisição das instalações da antiga sede da EDP de Leiria, junto à Ponte Hintze Ribeiro, tal como do estaleiro da Infra-estruturas de Portugal, está em negociações com a Direção-Geral do Tesouro e das Finanças (DGTF) para a permuta de um espaço no topo Norte do Estádio, que terá como contrapartida a cedência à câmara de uma parcela de terreno junto à rotunda D. Dinis para a construção de um parque de estacionamento à superfície, o Convento de Santo António dos Capuchos, o antigo Distrito de Recrutamento e Mobilização Militar (DRM) de Leiria, uma casa florestal na freguesia da Bidoeira de Cima, estando também em estudo a cedência do edifício do antigo Governo Civil.
No caso do topo norte, a cedência de uma fração, correspondente a uma torre com 3.000 metros quadrados, à DGTF possibilitará, caso se concretize, a instalação de alguns serviços públicos no espaço, que poderão funcionar como uma âncora para a dinamização daquele espaço.
Na antiga sede da EDP, cuja escritura já foi efetuada, o objetivo será o aproveitamento do espaço também para fins museológicos, tal como no antigo DRM, que poderá receber um museu de arte sacra, numa conjugação de esforços do Município e da Diocese Leiria-Fátima.
Quanto aos estaleiros da Infra-estruturas de Portugal, que a câmara recebe assumindo em contrapartida a conservação de um conjunto de estradas, a solução poderá passar pela instalação da GNR e do Comando Distrital de Operações de Socorro, embora tal esteja ainda dependente de negociações com a tutela, o que resolveria as dificuldades de acessibilidade destes dois serviços.
“Estamos a criar condições para tornar a cidade mais bem organizada a todos os níveis”, disse Raul Castro, realçando que o trabalho feito ao nível da gestão financeira do município permite finalmente avançar para as aquisições.
“Não devemos a fornecedores, a quem temos um prazo médio de pagamentos de sete dias, e só devemos à banca o que foi contratado por causa do estádio. Temos capacidade financeira, mas não podemos entrar em novas aventuras”, disse o presidente da Câmara, garantindo que os projetos a concretizar não colocarão em causa o futuro do Município.
A construção de um Centro de Atividades Municipais na zona desportiva é outra aposta do executivo que governa a câmara de Leiria, sendo o propósito criar um espaço com capacidade para 7.500 pessoas, que poderá acolher concertos, feiras temáticas, desporto de alta competição, funcionando ainda como centro de congressos, estimando-se que o concurso público posso ser lançado em 2017, para uma obra com um investimento estimado entre 10 milhões e 12 milhões de euros.
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