O Serviço de Informações de Segurança (SIS) reforçou as ações de prevenção contra a espionagem económica em Portugal. No primeiro semestre deste ano, 207 empresas, entidades públicas e centros de investigação nacionais receberam conselhos de segurança – seis vezes mais do que no mesmo período de 2015.
A direção do SIS atribuiu “prioridade máxima”, a par da prevenção do terrorismo nas infraestruturas críticas, ao apoio a estes centros de conhecimento, destaca o DN.
A mesma publicação refere que as equipas do designado Programa de Segurança Económica (PSE), ativo desde 2006 e agora reforçado, reuniram com cerca de meio milhar de gestores e colaboradores e “foram alvo de ações de sensibilização e formação para protegerem os conhecimentos contra uma ameaça do estrangeiro que o SIS considera estar em crescendo”.
O objetivo prioritário do PSE é o setor privado empresarial, principalmente as empresas com “forte componente de investigação e desenvolvimento industrial no nosso país”.
No primeiro semestre deste ano, foram visitadas 184 empresas deste setor, com 274 gestores.
O SIS diz que há cada vez mais atos de espionagem com “roubo de informação de valor económico nas empresas e nos centros de investigação científica e tecnológica”.
“No atual contexto de agressiva concorrência económica mundial as organizações portuguesas, mesmo as de pequena dimensão, são visadas por entidades estrangeiras. A qualidade dos nossos recursos humanos e a capacidade de inovação das nossas organizações potenciam a criação de valor e atraem interesses estrangeiros”, sublinha.
Não são identificados países que assumam “frequentemente os métodos de espionagem”, mas o DN apurou que a França, a China e a Rússia têm sido dos mais ativos.
BZR, ZAP
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