A Fundação Obama anunciou esta segunda-feira que o luso-descendente David Simas, até ao próximo dia 20 de Janeiro diretor político da Casa Branca, será o seu diretor-geral.
“No próximo ano, a Fundação Obama vai continuar o seu importante trabalho de criar um Centro Presidencial para inspirar cidadãos e comunidades a assumirem grandes desafios. Sinto-me honrado por servir o Presidente e a primeira-dama e entusiasmado por ser parte do trabalho que será feito para alcançar esta missão”, disse David Simas em comunicado.
O luso-descendente trabalhará assim com o presidente da fundação, Marty Nesbitt, e o seu diretor-executivo, Robbin Cohen, na fundação que terá sede em Chicago.
Nesbitt considerou Simas, em comunicado, como “uma adição de valor incalculável para a equipa numa altura em que entra num ano importante para a fundação.”
“Junto com os nossos vizinhos do lado sul [de Chicago], vamos construir um centro presidencial de classe mundial para motivar as pessoas a construir uma mudança e estamos entusiasmados por ter o David a trabalhar conosco nesta missão”, disse o presidente da fundação.
David é filho de António Simas, do Faial da Terra, São Miguel, Açores, e de Deolinda Matos Simas, de Abela, Alentejo. Os dois portugueses emigraram para Taunton, em Massachusetts, nos anos 1960.
O luso-descendente é licenciado em Ciência Política e Direito. Tornou-se conhecido na comunidade portuguesa ao exigir às companhias de televisão por cabo que incluíssem a RTP Internacional nos seus pacotes.
Já como advogado, tornou-se colunista de um jornal da comunidade e participou em programas de rádio.
Acabou por ser contratado para o Congresso de Massachusetts e, em 2007, foi nomeado chefe de gabinete do governador Deval Patrick. Há quase oito anos, o homem que inventou o slogan “Yes We Can”, David Axelrod, convidou-o para a Casa Branca como seu conselheiro.
Durante a campanha presidencial de 2012, foi diretor de sondagens dos democratas. Dois anos depois, tornou-se diretor político da Casa Branca.
“O orgulho que tenho de ser filho de emigrantes é uma coisa de que me lembro todos os dias”, disse numa entrevista à Lusa em 2014.
Lusa / Sapo
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