sexta-feira, 6 de maio de 2016

Parlamento debate reduções ou eliminações das portagens nas antigas Scut

Resultado de imagem para Parlamento debate reduções ou eliminações das portagens nas antigas ScutA introdução de reduções ou a eliminação das portagens nas antigas Scut (vias sem custos para o utilizador) A22, A23, A24 e A25 vão estar em debate hoje no Parlamento.

Quatro anos depois de aquelas vias terem sido portajadas, PCP e Bloco de Esquerda defendem o fim das portagens, enquanto o PS e o CDS-PP propõem uma redução do valor das tarifas e o PSD a reavaliação da localização dos pórticos.

Em declarações à agência Lusa, o socialista Luís Moreira Testa disse que o PS vai propor a redução do valor das portagens para "permitir às pessoas e empresas que estão em zonas menos favorecidas do país terem argumentos de concorrência e de mobilidade".

Afastada, para o PS, está a abolição das portagens, porque "é absolutamente imperativo e necessário fazer um esforço de equilíbrio orçamental".

"Infelizmente, essa figura ainda parece relativamente longínqua. O que propomos é que haja uma redução tendente à reposição dos direitos que vigoravam antes" das portagens, acrescentou.

Por seu lado, os deputados do PSD excluem também a eliminação dos pórticos, porque defendem o princípio do utilizador-pagador.

"Não sendo o utilizador a pagá-las, serão os contribuintes", disse o deputado Luís Leite Ramos à Lusa.

O projeto de resolução do PSD propõe, ainda, uma reavaliação da localização dos pórticos, porque há casos em que a sua "localização condiciona a mobilidade urbana" e o objetivo das Scut "não era portajar as vias urbanas", afirmou.

O diploma do PSD defende, ainda, que "seja introduzido um mecanismo temporário e excecional que permita a suspensão ou redução das portagens" enquanto decorrerem "obras de vulto nas vias alternativas" e em que a cobrança seja feita diretamente pelas Infraestruturas de Portugal, indicou o deputado.

O CDS-PP, por seu turno, vai recomendar ao Governo a redução, em pelo menos 50%, do valor da portagem na A22 (Via do Infante), no Algarve, até que as obras da EN125 estejam concluídas.

"Tendo em conta as características específicas do Algarve, que assenta toda a sua economia no turismo, (...) propomos até à conclusão das obras uma redução de 50% das portagens" na região, disse Hélder Amaral.

O deputado centrista acrescentou que o CDS-PP não é "favorável a eliminação de portagens", que têm um "enorme impacto nas contas" do Estado.

Do lado do PCP, é proposta a eliminação das portagens na A23 (Torres Novas-Guarda), A24 (Viseu-Vila Real), A25 (Aveiro-Vilar Formoso), na Via do Infante e na autoestrada transmontana (A4).

"Entendemos que é necessário retirar fardos dos ombros das populações e das economias regionais. Só dessa maneira conseguimos melhorar a mobilidade nas regiões do interior do país, combater as assimetrias que existem entre o interior e o litoral e combater a desertificação que afeta distritos do interior do país", disse o deputado Paulo Sá à Lusa.

Também o BE pretende a abolição das portagens naquelas vias "em nome de uma política de portagens que existia antes do anterior Governo e que parecia muito mais potenciadora das acessibilidades para as regiões do interior e para as regiões menos desenvolvidas do nosso território e favorecedoras de um equilíbrio, a prazo, das atividades económicas e das condições de vida das famílias e empresas que exercem atividade no interior do país", disse Heitor de Sousa.

O PEV propõe apenas a abolição de taxas de portagens na autoestrada transmontana (A4), por considerar que serve "regiões cujos indicadores de desenvolvimento socioeconómico indicam que são inferiores à média nacional" e por considerar que "não existem alternativas" a essa via, segundo o deputado José Luís Ferreira.

Fonte: Lusa


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