Aumenta para 65 o número de pessoas que tiveram de abandonar as suas casas desde segunda-feira, na sequência de um deslizamento de terras que, até ao momento, afectou cinco prédios.
Mais 16 pessoas tiveram de ser esta quarta-feira à noite realojadas em hotéis ou casas de familiares na sequência do desabamento de terras que ocorreu na segunda-feira em Lisboa, sendo já 65 os moradores que tiveram de abandonar as suas habitações.
"Estamos a acompanhar regularmente esta situação. Foi feita uma avaliação técnica, verificou-se este caso e a decisão foi de realojar mais 16 pessoas", que habitam no edifício 104 da Rua Damasceno Monteiro, na zona da Graça, disse hoje à agência Lusa o vereador da Segurança da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Manuel Castro.
Parte do muro do condomínio Vila da Graça, no bairro Estrela d'Oiro, ruiu pelas 5h40 de segunda-feira passada, provocando um deslizamento de terras para as traseiras de quatro edifícios da Rua Damasceno Monteiro (dos números 104 ao 110).
Segundo o município, o muro é propriedade privada.
Na segunda-feira já haviam sido retirados 49 moradores dos números 102, 106, 108 e 110, sendo que 21 foram para casas de familiares e 28 ficaram num hotel. No número 104, já não era possível o acesso ao logradouro, que foi barrado.
Esta quinta-feira, o autarca apontou que "10 pessoas irão ficar num hotel e seis em casas de familiares".
"O problema é o muro na parte de trás dos prédios", considerou, explicando que "por precaução a Protecção Civil considerou ser mais pertinente o realojamento".
Carlos Manuel Castro salientou ainda que "assim que estiverem reunidas as condições as pessoas poderão voltar às suas casas".
"Todos os dias estamos em contacto permanente com as pessoas, no sentido de terem as condições que merecem", acrescentou.
Salientando que "em primeiro lugar está a segurança das pessoas", o vereador advogou que estão a ser feitos "todos os procedimentos necessários, e estão a ser cumpridos os trâmites, no sentido de procurar começar os trabalhos o quanto antes".
Na segunda-feira, o responsável referiu que caberá às seguradoras "fazer análises para que depois se comece a intervenção" no local.
O município estima que as obras no local durem cerca de três meses.
O deslizamento, cujas causas ainda não são conhecidas, provocou danos em quatro edifícios de habitação e em algumas viaturas.
Hoje, uma moradora do número 104 já havia manifestado preocupação e receio quanto à segurança do edifício devido ao muro.
Helena Santana disse à agência Lusa que existem "rachas no muro, mesmo em frente" ao seu prédio, que "estão a abrir completamente".
Fonte: Lusa
Foto: Tiago Petinga/Lusa
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