O
Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede regressa no próximo sábado, 4
de março, com a itinerância de três grupos envolvidos nesta ação
de revitalização da atividade teatral promovida pela edilidade
cantanhedense, designadamente o Grupo de Teatro S. Pedro (Cantanhede)
o Grupo de Teatro “As Fontes do Zambujal” e o Cordinha d’Água.
O
Grupo de Teatro S. Pedro sobe ao palco do Centro de Dia de Ançã, às
21h30, para apresentar Do Céu à
Terra, adaptação de Dulce
Sancho do filme O Milagre de
Fátima.
Assinalando
os 100 anos das aparições, a peça remete para o contexto económico
e social em que se vivia na pequena aldeia de Aljustrel e propõe uma
reflexão sobre os sentimentos, as dúvidas e as emoções vividos
pelos protagonistas do acontecimento, os pastorinhos, e seus
familiares e amigos.
Também às
21h30, mas no Salão Paroquial da Sanguinheira, o Grupo de Teatro “As
Fontes do Zambujal” vai representar O
Sol na Floresta, comédia de
Romeu Correia
com ação rada no seio de
uma densa floresta onde reside o Ti Resina e a sua filha Manuela.
Esta jovem casadoira pretende encontrar um homem para se casar e para
isso dispõe-se a tudo, mesmo que tenha que lançar um feitiço. Numa
clara e divertida referência ao povoamento e à vida comunitária, o
sol brilha com maior intensidade por cada árvore que é abatida,
pois mais um homem surge e tudo se transforma.
Ainda
no sábado, igualmente às 21h30, o Grupo de Teatro o Cordinha d’Água
– Grupo de Teatro do Rancho Folclórico “Os Lavradores” de
Cordinhã leva ao Salão da Associação Cultural e Desportiva do
Casal (freguesia de Cadima) a encenações de dois textos originais
de Manuel Tomé. A Promessa
é um drama sobre a experiência de um casal que, depois de se ter
visto confrontado com o desaparecimento do seu filho primogénito na
guerra colonial, vê partir o mais novo com a promessa de trazer o
irmão mais velho, em quaisquer circunstâncias.
Num
registo diferente, Balburdia na
Aldeia é uma comédia
que relata a história de uma comunidade, as suas tradições e as
suas desavenças. Apesar das contendas, das discussões e dos
litígios, a verdade é que, quando se trata de defender a terra e os
conterrâneos, todos se unem em prol do interesse coletivo.
Sobre
o Grupo de Teatro S. Pedro
Nascido
do grupo Coral Litúrgico da Paróquia de Cantanhede, em 2005, com a
realização dos primeiros ensaios, o Grupo de Teatro S. Pedro juntou
o gosto de cantar e o gosto da representação com a dedicação à
causa da Igreja local e preparou a sua primeira apresentação para a
inauguração do Centro Paroquial S. Pedro, em junho de 2006.
Tratou-se
de um musical intitulado “Festa na Aldeia” que contou
maioritariamente com elementos do grupo litúrgico e do Grupo de
Jovens de Cantanhede e cujo primeiro objetivo era angariar fundos
para o referido Centro. Dada a grande aceitação por parte do
público da cidade e do concelho, integrou, em 2007, o IX Ciclo de
Teatro Amador de Cantanhede, organizado pela Câmara Municipal.
Em
2008 participou no X Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede com o
musical “J.C. Ontem, Hoje e Sempre” que reapresentou na edição
anterior com os devidos ajustes. Em 2009, levou a palco “Recordar…
e viver…”, no ano seguinte representou “Tributo ao passado” e
em 2011 “De malas feitas”. Em 2012, participou no Ciclo de Teatro
com a peça “Uma história com fado”, no ano em que o mesmo foi
classificado pela UNESCO Património Imaterial da Humanidade.
Fazem
parte deste grupo cerca de 25 atores, jovens e adultos e é sua
orientadora Maria Dulce Sancho, autora dos textos com o grupo se
apresenta, não dispensando todas as colaborações dos elementos do
Grupo.
Sobre
o Grupo de Teatro As Fontes do Zambujal
O
Grupo de Teatro “As Fontes do Zambujal” foi constituído em 1996
e é composto atualmente por cerca de 20 elementos, maioritariamente
das localidades de Zambujal e Fornos. A sua designação é uma
referência às quatro fontes de origem romana que existiram no
Zambujal, designadamente Fonte de Rodelos, Fonte Má, Fonte Perto e
Fonte Seca.
As
raízes desta formação teatral podem ser encontradas em 1954, mais
precisamente em 27 de maio, data em que foi fundado um agrupamento
com o nome “Viva O. R. Zal” (Viva o Rancho do Zambujal). A
iniciativa partiu de alguns indivíduos da comunidade que pretendiam
desenvolver atividades de lazer para preencher os seus tempos
livres, assim como manter vivas a tradição e a autenticidade dos
trajes danças e cantares do Zambujal.
Depois
de uma interrupção de alguns anos, o Grupo retomou o seu
funcionamento em 1992, sob a nova designação de Grupo Folclórico
“Os Malmequeres do Zambujal”. Em julho de 1995, passou a integrar
a Associação Juvenil do Zambujal e Fornos, mais precisamente a sua
secção de folclore, e em 1996 filiou-se no INATEL.
É
nessa mesma altura que surge o Grupo de Teatro “As Fontes do
Zambujal” que inicia um trabalho de produção teatral regular
apresentando uma a duas peças anualmente, por altura da quadra
natalícia e participando no Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede,
desde a sua primeira edição.
Em
1998, faz a sua primeira apresentação fora da terra, mais
precisamente nas Franciscas, no âmbito do I Ciclo de Teatro Amador
de Cantanhede, com as peças “Falar Verdade a Mentir” e “O
Senhor”. No ano seguinte faz um périplo por várias localidades do
Concelho de Cantanhede com as produções “O Céu da Minha Rua” e
“Terra Firme”.
A
peça que ensaiou e apresentou de seguida, no Natal de 2000, a
comédia em três atos “Dois Maridos em Apuros”, constituiu-se
como um grande sucesso perante o público, sendo apresentada
igualmente no Ciclo de Teatro de Cantanhede do ano seguinte. Em
dezembro de 2001 esta formação teatral apresentou a comédia “O
Padre Piedade”, que também apresentou no Ciclo de Teatro Amador de
Cantanhede, em 2002.
Nos
anos seguintes levou à cena as peças “A Carta Anónima”, em
2003, a comédia “O Processo de Mário Dâmaso”, em 2004, o drama
“As Rosas de Nossa Senhora”, em 2005 e, em 2006, a comédia
“Mendonça & Mendonça”. Na presente edição do Ciclo de
Teatro Amador, leva a palco a peça com que participaram na primeira
edição, “Falar Verdade a Mentir” de Almeida Garrett.
Desde
o início da sua atividade que cabe a Dinis Fatia, atualmente
Presidente da Assembleia-Geral e Coordenador do Grupo de Teatro,
escolher as peças a serem apresentadas, bem como distribuir os
diferentes papéis pelos atores, atendendo sempre às características
e capacidades de cada um. É também o autor dos cenários, passando
largas horas a pintar as imagens que servem de fundo à atuação dos
atores e cede, na sua própria casa, o espaço para os ensaios.
Sobre
o Rancho Folclórico "Os Lavradores" de Cordinhã
O
grupo foi fundado em 19 de outubro de 1978 por iniciativa do pároco
da freguesia, chamado Fernando, e de um grupo de pessoas convidadas
para o efeito, entre elas o músico
Arsénio Cavaco. Cinco anos depois, mais propriamente no dia 17 de
fevereiro de 1983, foi legalizado por escritura pública no Cartório
Notarial de Cantanhede e publicado no Diário da República III
Série, n.º 81 de 8-4-1983 como Associação Cultural e Recreativa,
denominada Rancho Folclórico de Cordinhã.
Este
rancho esteve em atividade 15 anos consecutivos seguindo-se um breve
interregno de cerca de três meses. Posteriormente reiniciou a sua
atividade com a designação de Rancho Folclórico "Os
Lavradores” de Cordinhã, que ainda hoje mantém.
Neste
momento, ao grupo de adultos junta-se o grupo juvenil-infantil
composto por 20 crianças, servindo simultaneamente de escola de
folclore.
Integrado
nesta associação está o grupo Cordinha
d'Água Teatro, composto por
pessoas de todos os escalões etários, que participa nos Ciclos de
Teatro da Câmara Municipal de Cantanhede e nos Ciclos de Teatro
organizados pelo INATEL, onde se encontra inscrito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário