quinta-feira, 1 de junho de 2017

Quem não vacina, assina// Sem Trump, teremos sempre Paris?

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Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Hillary Clinton ironizou sobre o "covfefe" de Trump“Pensava que era uma mensagem escondida para os russos”, disse a ex-candidata presidencial. Mas, afinal,o que é "covfefe"? Trump só diz isto.
By the way, o Congresso já investiga mais um encontro com os russos. O procurador-geral escolhido por Trump pode ter escondido mais uma reunião com o embaixador Kislyak, noticiou a CNN esta noite.
O Supremo brasileiro deu uma hipótese de fuga a Temer: se o Presidente não quiser, não será obrigado a responder às perguntas que lhe sejam feitas no inquérito a que está a ser sujeito, escreve o Estadão. Temer já fez saber que não o quer fazer.
O Le Monde abriu os "Monsanto Papers", um dossiê documentado sobre como a gigante norte-americana preparou uma guerra de bastidores para defender o glifosato, um herbicida considerado perigoso para saúde, usado na produção massiva de produtos agrícolas. A dita guerra tinha como alvo a agência da ONU de luta contra o cancro.
Por cá, no desporto, duas notícias a marcar as últimas horaso Sporting é campeão nacional de andebol; e a felicidade de Éderson ao rumar até ao Manchester City.

As notícias do dia

A nossa manchete de hojeO Governo vai “responsabilizar” pais que não vacinem filhos. Novidades vão ser anunciadas nesta quinta-feira, Dia Mundial da Criança, mas o ministro da Saúde antecipa as medidas nesta conversa com a Romana Borja-Santos, que ainda acrescentou esta síntese sobre as vacinas: o que já mudou e o que ainda vai mudar.
Em pleno dia da criança, uma notícia preocupante: Num ano, mais de 40 crianças foram devolvidas por candidatos a pais adoptivos. A notícia é-nos dada pela Natália Faria.
Ainda a pensar nas crianças, eis um clássico: Lusíadas e poemas traduzem-se sempre numa descida de notas nos examesOs dados são inequívocos, não é Clara Viana?
E outra pista útil, para crianças e para nós (porque não?): Tofu com natas? A lei que obriga cantinas estatais a ter vegetariano entrou em vigor.
A propósito de divisões, à esquerda do PS há desconforto com Centeno no Eurogrupo. A Maria Lopes explica exactamente porquê. Enquanto o Sérgio Aníbal detalha as propostas da Comissão Europeia para mudar a zona euro... devagarinho.
Da política ainda vem esta notícia da Sofia Rodrigues - Passos Coelho desafiou os críticos internos a mostrar alternativa. Foi numa reunião à porta fechada.
Já na economia, soubemos que os gestores de conta do antigo BES estão protegidos dos 'lesados' - uma informação confirmada pela Rosa Soares e Pedro Ferreira Esteves. E também que as novas regras das reformas antecipadas deslizaram para o Verão (aqui conta a Raquel Martins). 
Há também um recuo do Governo, que incluiu a Madeira no novo regime fiscal para navios. A isto chama-se taxa de tonelagem (e imaginando que possa estar a pensar o mesmo que eu pensei, aqui fica a explicação).
Por fim, um negócio que se fez (o grupo Luz Saúde comprou o British Hospital). E um que se tenta fazer: diz o JN que o Governo está a oferecer desconto no IRS para trazer a Agência Europeia do Medicamento, que vai ter que sair de Londres - devido ao Brexit.

O acordo de Paris (& outras leituras) 

1. Teremos sempre Paris, se Trump rasgar o acordo do clima? A questão para um milhão de dólares é o ponto de partida do Alexandre Martins, mastigando a última das ameaças do Presidente americano. Para além de não ser ainda claro se os Estados Unidos saem do acordo ou se ficam para o renegociar (a decisão está marcada para hoje, às 20h00), menos clara ainda é a forma como essa possível saída poderá acontecer - e o que virá depois dela. Eis porquê. Eis, também, como o mundo reagiu à ameaça ("Musk ameaça romper, Nova Iorque rebela-se, Bruxelas promete luta"), ainda um breve P&R sobre o acordo de Paris.
E mais três recomendações de leitura, para que perceba quão grave é que o que Trump está disposto a fazer: o artigo de João Camargo, um dos especialistas portugueses na matéria; a entrevista que fizémos ao homem que recebeu o Nobel pela sua luta contra as alterações climáticas, Rajendra Pachauri: “Se os EUA pensam que vivem noutro planeta, deixemo-los acreditar nisso”. E o nosso Editorial, sobre o parceiro que já não é.

2. A entrevista a Luaty Beirão (no PÚBLICO e Renascença). A greve de fome de 36 dias deu a conhecer ao mundo a situação em Angola e embaraçou o Governo de Luanda. Se a sua prisão foi um “tiro no pé” do regime, agora admite que o regresso ao país de José Eduardo dos Santos após quase um mês de ausência em Espanha para tratamento médico o tranquiliza. Não tem expectativas de uma evolução do regime, reconhece que a indignação é fenómeno urbano e contido e não vislumbra na classe política angolana a capacidade de reconciliação. Está à espera que um Mandela nasça em Angola, para sarar as feridas da sociedade. E deixa um elogio a Marcelo e Costa: fizeram bem em não ir a Luanda antes das eleições.
3. O que é que a construção da Ponte da Arrábida tem que ver com a Selminho? Faz agora 60 anos que as obras da Ponte da Arrábida se iniciaram. Nesse feito da engenharia nacional está a origem da controvérsia sobre os terrenos que pertencem, de igual modo, à empresa Selminho e à Câmara do Porto. Este texto é obra do José António Cerejo.
4. "O FITEI nasceu assim, como nasce um rio". À 40ª edição, o Sérgio C. Andrade reuniu os directores do Festival Internacional de Teatro portuense. A conversa promete passado, presente e futuro.

A agenda de hoje
  • O Governo reúne-se hoje com os parceiros sociais na Concertação Social, para debater a saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo e o salário mínimo nacional;
  • O travão ao corte no subsídio de desemprego entra em vigor (e estáaqui explicado, pela Raquel Martins);
  • O Parlamento discute uma proposta do PSD sobre a Uber e Cabify, fechando também as alterações à lei do tabaco.
  • Começa a 87.ª edição da Feira do Livro de Lisboa, prometendo mais pavilhões, mais editoras participantes, mais restaurantes, mais espaço;
  • O Dia da Mundial da Criança assinala-se hoje com iniciativas como a Operação Nariz Vermelho (que estará connosco num Facebook Live lá pelo meio-dia).

Só mais um minuto...

Uma campanha contra um preconceito é sempre uma boa campanha. Mas uma que, ao mesmo tempo, nos deixa com um sorriso nos lábios já é qualquer coisa de especial. Ora veja esta, que fez o nosso melhor título de ontem: "Enquanto não houver casamento gay na Austrália, não há gelados de duas bolas do mesmo sabor".
Outra história para nos deixar felizes é a do Zé Pedro Abreu. Ele foi de férias para o Vietname e trouxe pedacinhos de vida numa curta-metragem. Agora, vai estar lado a lado com realizadores mundiais numa compilação da National Geographic. O P3 conta como foi a jornada - e deixa-nos com um pedacinho de inveja.
Bom, é hora de fazer viagem para a segunda parte do dia, aquela em que começamos a preparar o jornal de amanhã, sempre atentos a tudo o que lhe temos de contar agora mesmo, por aqui. Tenha um dia feliz e reserve tempo para as crianças - hoje é o dia delas (como todos os outros, claro).
Até já!

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