quinta-feira, 1 de junho de 2017

Trump anuncia saída dos EUA do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas

Resultado de imagem para Trump anuncia saída dos EUA do Acordo de Paris sobre as alterações climáticasDonald Trump anunciou esta quinta-feira que os Estados Unidos decidiram abandonar o Acordo de Paris. Confirmando as notícias que tinham vindo a público nos últimos dias, Donald Trump comunicou ao país e ao mundo que os EUA rompem com o acordo para o clima assinado em 2015.

Na comunicação ao país, Donald Trump explicou que, tal como prometido durante a campanha eleitoral, continuaria a defender os empregos norte-americanos e a honrar o lema “America first”, a América primeiro.

Sem deixar margem para dúvidas, o Presidente anunciou: “Os Estados Unidos vão retirar-se do acordo climatérico de Paris”, acrescentando que nada poderá “atravessar-se no seu caminho” para dar um novo impulso à economia norte-americana.

O inquilino da Casa Branca mostrou-se ainda disponível para negociar um novo acordo para o clima. Donald Trump garantiu ainda que os EUA deixam de aplicar o acordo já a partir desta quinta-feira, uma vez que o considera desvantajoso para os EUA.

Na comunicação ao país, Donald Trump defendeu que o Acordo de Paris prejudica os Estados Unidos em relação às outras nações, pretendendo por isso que seja negociado um novo acordo que seja “justo” para os EUA.

O magnata acredita que o atual compromisso não é suficientemente exigente com a Índia e a China, tendo defendido que o novo acordo deverá prever responsabilidades iguais para os diferentes países.

Antes de falar sobre o acordo climático, Donald Trump começou por fazer uma referência ao ataque de Manila, garantindo que as autoridades norte-americanas estão a acompanhar a situação. O líder norte-americano fez ainda referência ao que classifica de “progresso económico fantástico” do seu país.


Acordo de Paris

O acordo de Paris foi subscrito por cerca de 200 países em 2015, com o objetivo de reduzir drasticamente a poluição no planeta, entre 26 a 28 por cento até 2025, nomeadamente no que toca às emissões de gases com efeito de estufa que têm causado as alterações climáticas profundas em todo o mundo.

Dos 195 países que fazem parte da ONU, apenas dois se mantiveram à margem das negociações: a Síria, que vive uma guerra civil sangrenta há seis anos e a Nicarágua por considerar o acordo pouco ambicioso nas metas e condenado ao falhanço pelo facto de não ser de cumprimento obrigatório.

Os Estados Unidos são o segundo maior emissor de dióxido de carbono do mundo, apenas ultrapassado pela China. Se falarmos na União Europeia, como bloco, é a terceira mais poluente, seguindo-se a Índia, a Rússia e o Japão.

Durante a campanha às presidenciais, Donald Trump já tinha anunciado que o acordo era desnecessário, já que na sua ótica o aquecimento global é uma “mentira dos chineses” destinada a enfraquecer a indústria dos Estados Unidos.

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