Donald Trump anunciou esta quinta-feira que os Estados Unidos decidiram abandonar o Acordo de Paris. Confirmando as notícias que tinham vindo a público nos últimos dias, Donald Trump comunicou ao país e ao mundo que os EUA rompem com o acordo para o clima assinado em 2015.
Na comunicação ao país, Donald Trump explicou que, tal como prometido durante a campanha eleitoral, continuaria a defender os empregos norte-americanos e a honrar o lema “America first”, a América primeiro.
Sem deixar margem para dúvidas, o Presidente anunciou: “Os Estados Unidos vão retirar-se do acordo climatérico de Paris”, acrescentando que nada poderá “atravessar-se no seu caminho” para dar um novo impulso à economia norte-americana.
O inquilino da Casa Branca mostrou-se ainda disponível para negociar um novo acordo para o clima. Donald Trump garantiu ainda que os EUA deixam de aplicar o acordo já a partir desta quinta-feira, uma vez que o considera desvantajoso para os EUA.
Na comunicação ao país, Donald Trump defendeu que o Acordo de Paris prejudica os Estados Unidos em relação às outras nações, pretendendo por isso que seja negociado um novo acordo que seja “justo” para os EUA.
O magnata acredita que o atual compromisso não é suficientemente exigente com a Índia e a China, tendo defendido que o novo acordo deverá prever responsabilidades iguais para os diferentes países.
Antes de falar sobre o acordo climático, Donald Trump começou por fazer uma referência ao ataque de Manila, garantindo que as autoridades norte-americanas estão a acompanhar a situação. O líder norte-americano fez ainda referência ao que classifica de “progresso económico fantástico” do seu país.
Acordo de Paris
O acordo de Paris foi subscrito por cerca de 200 países em 2015, com o objetivo de reduzir drasticamente a poluição no planeta, entre 26 a 28 por cento até 2025, nomeadamente no que toca às emissões de gases com efeito de estufa que têm causado as alterações climáticas profundas em todo o mundo.
Dos 195 países que fazem parte da ONU, apenas dois se mantiveram à margem das negociações: a Síria, que vive uma guerra civil sangrenta há seis anos e a Nicarágua por considerar o acordo pouco ambicioso nas metas e condenado ao falhanço pelo facto de não ser de cumprimento obrigatório.
Os Estados Unidos são o segundo maior emissor de dióxido de carbono do mundo, apenas ultrapassado pela China. Se falarmos na União Europeia, como bloco, é a terceira mais poluente, seguindo-se a Índia, a Rússia e o Japão.
Durante a campanha às presidenciais, Donald Trump já tinha anunciado que o acordo era desnecessário, já que na sua ótica o aquecimento global é uma “mentira dos chineses” destinada a enfraquecer a indústria dos Estados Unidos.
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