A polícia francesa reuniu provas que aumentam as suspeitas contra Nordhal Lelandais, o homem que está em prisão preventiva desde agosto, indiciado do rapto e sequestro da pequena Maëlys.
Imagens de videovigilância da via pública da aldeia onde decorria a festa de casamento, de onde desapareceu a menor, mostram o carro do suspeito em andamento, com um vulto branco no banco do passageiro correspondente ao vestido usado pela criança naquela noite.
São dois fotogramas tirados com 30 minutos de intervalo, em que no primeiro pode se ver o que as autoridades acreditam ser a lusodescendente Maëlys, sentada no banco do passageiro, com Nordalh Lelandais ao volante, quando este saiu da festa de casamento.
Meia hora depois, a mesma câmara captou o Audi A3, quando o suspeito regressava à festa de casamento, mas no banco do passageiro já não se pode ver o vestido da menor. Recorde-se que o suspeito tinha justificado a ausência do casamento dizendo que ia buscar droga para alguns convidados da boda.
Nordalh Lelandais está, esta quinta-feira, novamente a ser interrogado e confrontado com estas novas provas. O homem, que nega qualquer envolvimento no desaparecimento da menor, viu o tribunal anular os primeiros interrogatórios prestados na polícia, nos quais se contradizia. Começou por dizer que nunca tinha tido contacto com Maëlys na noite de casamento, admitindo depois ter estado com ela no seu carro, quando foi confrontado com um elemento de ADN da criança, encontrado no tablier da viatura.
Os interrogatórios foram anulados por não terem sido filmados, um requisito a que a lei francesa obriga.
O homem foi detido dois dias depois do desaparecimento, depois da polícia ter encontrado a amostra de ADN da menor no carro. Outra prova que incrimina Nordahl Lelandais é o facto do indivíduo ter limpo, na manhã seguinte ao desaparecimento, a mala do carro com um poderoso produto químico, habitualmente usado para tirar manchas incrustadas nas jantes dos automóveis.
Apesar das múltiplas buscas em residências, lagos e florestas, das centenas de audições de testemunhas, da recolha de provas forenses, da detenção de um suspeito e das investigações de um autêntico exército de polícias, passados três meses sobre o seu desaparecimento, a pequena lusodescendente Maëlys de Araújo continua por encontrar. Sem que se saiba o que aconteceu na fatídica madrugada de 27 de agosto.
Fonte: JN
Nenhum comentário:
Postar um comentário