quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Decisão de declarar Jerusalém capital de Israel “nula” para 128 países

Resultado de imagem para Decisão de declarar Jerusalém capital de Israel “nula” para 128 paísesDecisão de declarar Jerusalém capital de Israel considerada "sem efeito" por 128 países
O reconhecimento dos Estados Unidos de Jerusalém como capital de Israel foi declarado "nulo e sem efeito" por 128 países-membros da Assembleia-geral da ONU numa votação que decorreu hoje na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Os 128 países votaram a favor de uma resolução, sem caráter vinculativo, que foi proposta pelo Iémen e pela Turquia, em nome de um grupo de países árabes e da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), e que é contra o reconhecimento dos Estados Unidos de Jerusalém como capital de Israel.
Entre os 193 países-membros da Assembleia-geral da ONU, nove votaram contra a resolução e 35 optaram pela abstenção.
Com base nos números divulgados, a votação contou com a participação de 172 países-membros da Assembleia-geral da ONU.
Antes da votação da resolução, a embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU, Nikki Haley, reiterou as advertências assumidas por Washington nos últimos dias aos países com assento na Assembleia-geral das Nações Unidas.
"Os Estados Unidos vão lembrar-se deste dia em se viram ridicularizados perante a Assembleia-geral pelo mero facto de exercer o seu direito de Estado soberano", disse Haley.
"Vamos lembrarmo-nos quando pedirem uma vez mais para fazermos a maior contribuição (financeira) para as Nações Unidas", reforçou.
Durante o debate sobre a resolução, o embaixador de Israel junto das Nações Unidas, Danny Danon, garantiu que o seu país "nunca será expulso de Jerusalém".
"Nenhuma resolução da Assembleia-geral vai expulsar-nos de Jerusalém", declarou o representante israelita.
Esta votação acontece depois de Washington ter recorrido, na segunda-feira, ao seu direito de veto no Conselho de Segurança para impedir a adoção de uma resolução que também condenava a decisão norte-americana.
Ao contrário do que se passa no Conselho de Segurança (os cinco membros permanentes do órgão têm direito de veto), na Assembleia-geral da ONU não há direito de veto e os textos adotados não são vinculativos.
Trump anunciou a 06 de dezembro que os Estados Unidos reconhecem Jerusalém como capital de Israel e que vão transferir a sua embaixada de Telavive para Jerusalém, contrariando a posição da ONU e dos países europeus, árabes e muçulmanos, assim como a linha diplomática seguida por Washington ao longo de décadas.
A questão de Jerusalém é uma das mais complicadas e delicadas do conflito israelo-palestiniano, um dos mais antigos do mundo.
Israel ocupa Jerusalém oriental desde 1967 e declarou, em 1980, toda a cidade de Jerusalém como a sua capital indivisa.
Os palestinianos querem fazer de Jerusalém oriental a capital de um desejado Estado palestiniano, coexistente em paz com Israel.
Jerusalém é considerada uma cidade santa para cristãos, judeus e muçulmanos.
Lusa

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