Com
alguma frequência temos constatado que o dador de sangue não é tão
soberano como o
fazem crer alguns funcionários do Centro de Sangue de Coimbra
(CSTC).
No
Posto Fixo da ADASCA comparecem dadores oriundos
da mais diversas localidades da região de Aveiro
que no decorrer da inscrição, informam o administrativo que
pretendem futuramente
receber os SMS com a indicação daquele local para efectuarem a sua
dádiva. Alguns até fundamentam o seu pedido, alegando que não
gostam de se deslocar a determinado
sitio e preferem vir à Sede da
ADASCA.
O
administrativo do CSTC de forma taxativa diz-lhes: não posso fazer
essa alteração, não estou autorizado, deve ligar para Coimbra. Com
um procedimento destes, a vontade soberana do dador é estrangulada,
o que provoca algum desconforto, motivando
por vezes a uma troca de argumentos menos simpáticos.
Estas
artimanhas e malabarismos dizem-nos tudo o que não ouvimos nem
observamos. Quando dizemos que doar sangue é para o mesmo (doente),
não dizemos que é tudo o mesmo, porque entre o trigo e o joio há
uma grande diferença, é que o joio invade o espaço do trigo
sorrateiramente,
porque o
seu terreno é mais apetitoso, tem mais nutrientes.
Assim vamos vivendo…
Ensina
o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira
“As
muitas crises que abalam o mundo hodierno — do Estado, da família,
da economia, da cultura, etc. — não constituem senão múltiplos
aspectos de uma só crise fundamental, que tem como campo de ação o
próprio homem. Em outros termos, essas crises têm sua raiz nos
problemas de alma mais profundos, de onde se estendem para todos os
aspectos da personalidade do homem contemporâneo e todas as suas
atividades” .
Sim,
a crise é do homem. O homem em crise, diz o bom senso, contamina a
sociedade, corrói as instituições, produz catástrofes na relações
humanas.
Outras
questões podiam ser aqui colocadas, aliás, não menos pertinentes.
Vivemos numa sociedade em que faz de conta que está tudo bem, de
aparências, onde a incompetência e a impunidade passaram a ser
premiadas.
J.
Carlos
Director
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