A futura Maternidade de Coimbra, que substituirá as duas que existem hoje - Daniel de Matos e Bissaya Barreto - vai nascer no campus do Hospital da Universidade de Coimbra (HUC).
O anúncio foi feito esta sexta-feira, no Convento São Francisco, por Fernando Regateiro, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário da Universidade de Coimbra (CHUC), acompanhado pela presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, Rosa Reis Marques.
A ouvir estiveram o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, sendo que este último sempre defendeu a construção da futura maternidade no Hospital dos Covões. "O Pediátrico e os Covões tiveram de ser excluídos por razões de segurança das grávidas", justificou Fernando Regateiro, aludindo às vantagens de a futura maternidade ficar próxima do hospital central e dos respetivos benefícios em caso de urgência.
Para já, foi anunciado um investimento de 16,2 milhões de euros e o compromisso passa por lançar "o concurso para projeto de execução até final de 2018".
Questionados pelo JN sobre se a futura maternidade vai funcionar num novo edifício construído de raiz ou num espaço já existente, nem Fernando Regateiro, nem Rosa Reis Marques disseram qual das duas hipóteses será a escolhida. Quanto aos problemas de acesso aos HUC e de falta de estacionamento, Fernando Regateiro diz que estão a trabalhar no lançamento de um concurso para construção e exploração de um silo-auto, que poderá ficar a cargo de privados.
Em declarações aos jornalistas, o ministro da Saúde disse que "a decisão está tomada". "Vamos ter uma única maternidade moderna, bem equipada, com integração dos recursos." Quanto ao que se segue, referiu que, "tomada a decisão de que a maternidade ficará no centro hospitalar da Universidade de Coimbra, trata-se agora de lançar o concurso de projeto e executar a obra". Para quando? "O mais rápido possível", respondeu. O ministro da Saúde esteve esta quinta e sexta-feira, em Coimbra, onde participou no encontro regional anual da Cimeira Mundial de Saúde.
Presente na conferência de imprensa, Nuno Freitas, médico e presidente da concelhia do PSD, comentou que "em Coimbra faz-se muito isto: anunciam-se coisas mas não se concretizam. Não será o Sr. Ministro nem Fernando Regateiro a inaugurarem a nova maternidade".
Ainda nos investimentos que foram anunciados durante a conferência de imprensa, destaque para a construção do novo Centro de Saúde Fernão Magalhães (um investimento de 3,5 milhões de euros) e para a remodelação do Centro de Saúde de Celas (1,8 milhões de euros). Segundo Rosa Reis Marques, nos dois casos, as empreitadas começam até ao final deste ano.
Fonte: JN
Foto: Global Imagens
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