Cerca de 80 alunos das turmas do 9º ano do Agrupamento da Escola Marquês de Marialva estiveram a 30 de novembro, no auditório da Biblioteca Municipal de Cantanhede, para assistir à conferência “Portugal e a Grande Guerra”.
Com a organização a cargo do grupo disciplinar de História em parceria com a equipa da Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas Marquês de Marialva, a iniciativa contou com a presença do prestigiado palestrante, Coronel Pedro Esgalhado.
Na mesa de honra, para além do orador, esteve presente Pedro Cardoso, vice-presidente Câmara Municipal, Hermenegildo Freire, professor e Subdiretor do Agrupamento de Escolas Marquês de Marialva e Margarida Bento, professora coordenadora da disciplina de História do mesmo agrupamento.
Esta iniciativa teve como objetivo dar a conhecer aos alunos participantes as causas políticas e militares que levaram à 1ª Grande Guerra e como este conflito bélico foi vivido pelos soldados portugueses.
No decurso da sessão de abertura, Pedro Cardoso, para enalteceu a realização do evento, aproveitando para congratular “os docentes, nomeadamente os que constituem o grupo de História do Agrupamento de Escolas Marquês de Marialva, responsáveis por dinamizar não só esta iniciativa e como por muitas outras que se realizaram na Biblioteca Municipal”. O vice-presidente da edilidade cantanhedense sublinhou “a satisfação por receber em Cantanhede, um orador, com o prestigio e a qualidade do Coronel Pedro Esgalhado, bem como a pertinência de se abordar esta temática numa altura em que o Município tem vindo a realizar vários eventos culturais importantes comemorativos dos 100 anos do Armistício”. O autarca referiu ainda, a este propósito, que “Celebrar o armistício da I grande Guerra é uma forma de manter viva a memória do passado, na medida em que "não pode haver reconciliação sem verdade e lembrança". É celebrar e pensar a Paz e a convicção que a Paz é possível! Todos, inclusive as Forças Armadas acreditam e querem a paz, já que a sua razão de existir está no contributo dado à causa da liberdade, da justiça, da segurança e da boa convivência, condições para um desenvolvimento integral. O Município de Cantanhede tem vindo a assinalar simbólica e significativamente o Centenário do Armistício da Primeira Grande Guerra, evocando essa relevante efeméride pela qual se celebra o termo deste devastador período da História Universal. Para além das exposições patentes na Casa da Cultura, pelas mãos de um investigador e historiador resgatou do anonimato, a participação de todos os jovens militares de Cantanhede que marcaram presença na funesta Grande Guerra de 1914-1918, resgatando do silêncio a sua identidade e lembrando o valoroso contributo prestado pelos munícipes cantanhedenses nesta malograda e belicosa empresa”.
Sobre Pedro Esgalhado
Pedro Esgalhado nasceu na Covilhã, em 1963, no seio de uma família que chegaria aos 6 irmãos. Nesta cidade cresce e conclui os estudos liceais, para ingressar na Academia Militar em 1981.
Esteve colocado sucessivamente na Brigada Mecanizada, na Região Militar dos Açores, no RI 14 (Viseu), na Escola Prática do Serviço de Transportes, no Comando de Instrução do Exército, no Comando do Pessoal do Exército e novamente no RI 14, onde passou à reserva no posto de Coronel.
Desempenhou as funções normais de um oficial de infantaria, e para além dos cursos de promoção inerentes à progressão na carreira, sublinha-se a frequência do Combined Logistics Officers Advanced Course, nos Estados Unidos da América.
Desempenhou comissões de serviço na Bósnia-Herzegovina, no Kosovo, em Timor e na Bélgica.
Tem no seu registo disciplinar várias referências elogiosas individuais e coletivas, vários louvores e condecorações.
Atualmente, dedica-se à escrita e à investigação histórica e tem vários artigos publicados em imprensa militar.
Concluiu em 2018 um mestrado em História do Império Português com a defesa da tese intitulada “A estrada para Alcácer-Quibir – Razões para uma decisão controversa”, a partir da qual escreveu um livro com o mesmo título. É também autor dos livros de crónicas de sátira política "2011 - o ano em que o mundo quase acabou", e “Novas farpas – o Minicómio” e ainda do "O combate de Naulila - 18 de Dezembro de 1914".
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