Médio Tejo já tem Hospital de Dia de Medicina Interna. |
A Unidade Hospitalar de Abrantes, do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), acolhe, desde o dia 5 de novembro, o novo Hospital de Dia de Medicina Interna, que ocupará uma ala do 10.º piso do edifício hospitalar.
Esta nova valência visa centralizar no Hospital de Dia de Medicina Interna o tratamento de doenças autoimunes e seguir os doentes da consulta desta especialidade. Estes doentes passarão a ser encaminhados para o 10.º piso do edifício hospitalar de Abrantes, onde estarão serviços administrativos e de prestação de cuidados de saúde.
A passagem destes doentes para o Hospital de Dia libertará igualmente o espaço da atual Consulta Externa, iniciando-se assim a preparação para as obras de requalificação do Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica.
A valência de Hospital de Dia já existe nas Unidades Hospitalares de Tomar e Torres Novas, passando agora a existir em todo o CHMT, com a abertura em Abrantes.
O investimento realizado na abertura deste Hospital de Dia, de cerca de 70 mil euros, é «até modesto face aos benefícios que decorrem da abertura desta unidade e que resultam numa melhoria significativa da qualidade da prestação de cuidados de saúde e assistencial aos utentes do Médio Tejo», salienta Carlos Andrade Costa, Presidente do Conselho de Administração do CHMT.
Fátima Pimenta, Diretora do Serviço de Medicina Interna, sublinha que a nova valência «tem como missão prestar cuidados de saúde especializados, coordenados e tecnicamente qualificados a doentes em ambulatório, por um período não superior a 10 horas, preferencialmente de modo programado e garantindo uma continuidade destes cuidados com outros níveis assistenciais».
O Hospital de Dia de Medicina Interna é «um espaço destinado ao acompanhamento de doentes em regime ambulatório que necessitam de administração de terapêutica endovenosa, subcutânea, vigilância clínica apertada, assim como realização de técnicas específicas e ações de educação para a saúde do doente e família, fundamentalmente das seguintes áreas: Doenças Autoimunes, Doenças Hematológicas e Doenças Hepáticas», explica a médica.
A referenciação destes doentes faz-se a partir das consultas de Medicina Interna, Diabetes, Doenças Autoimunes, Doenças Hematológicas, ou Doenças Hepáticas, bem como do Internamento de Medicina Interna das três unidades hospitalares do centro hospitalar.
A Diretora do Serviço de Medicina Interna refere com principais objetivos «garantir a informação ao doente e família sobre a terapêutica a administrar, assim como objetivos, contraindicações e eventuais toxicidades da mesma». Além disso visa «administrar, sob vigilância, várias terapêuticas para perfusão endovenosa ou subcutânea, resolver intercorrências relacionadas com a administração de fármacos, de forma aguda ou tardia, bem como monitorizar a resposta às terapêuticas e acompanhar com maior precocidade doentes com alta recente do internamento».
A «realização de procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos que, não podendo realizar-se nas consultas, não justificam um internamento, tais como mielogramas, paracenteses, toracocenteses, biópsias, infiltrações peri-articulares, ecografia articular, capilaroscopia, fibroscan, e permitir aos doentes por nós acompanhados um acesso e um apoio mais fácil aos cuidados de saúde», são outras prioridades desta unidade, de acordo com Fátima Pimenta.
O Hospital de Dia de Medicina Interna vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 9 às 19 horas, com equipa permanente de enfermagem e com um médico sempre disponível. No Hospital de Dia haverá uma agenda própria e um contacto telefónico que será fornecido aos doentes caso surja alguma dúvida ou complicação.
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