O Governo atribuiu a Medalha de Mérito Cultural ao locutor e apresentador de televisão Júlio Isidro, realçando o “inestimável trabalho de uma vida dedicada” ao audiovisual.
A entrega da medalha foi feita, num espetáculo comemorativo dos 60 anos de carreira de Júlio Isidro na noite de quinta-feira, pelo primeiro-ministro, António Costa, acompanhado pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, pelo secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva, e pelo também locutor e apresentador António Sala.
“Figura ímpar dos meios audiovisuais em Portugal desde o início dos anos 60, Júlio Isidro foi também um pioneiro na divulgação de novos valores para a música. Participou, quer como autor, apresentador, realizador ou produtor, numa grande diversidade de programas para a televisão e para a rádio, as suas facetas mais conhecidas. Mas dedicou-se também à música, como criador, e à área da escrita, como escritor e como jornalista”, salientou o Governo, numa nota biográfica sobre o apresentador.
Adicionalmente, pode ler-se no mesmo texto que a sua obra se pauta “por uma grande diversidade, imaginação e pelo largo espetro de intervenção criativa que proporcionou ao longo destes anos, tendo votado sempre uma especial atenção à descoberta de novas temáticas e de novos autores e novos talentos, que lançou através dos meios que teve à sua disposição na rádio, na televisão e na música, áreas que muito lhe devem”.
Nascido em 5 de Janeiro de 1945, em Lisboa, Júlio Isidro entrou pela primeira vez num estúdio de televisão quando tinha 12 anos “como elemento de um coro do Liceu Camões e ficou fascinado com o ambiente”, segundo uma biografia publicada pela RTP aquando dos seus 58 anos de carreira, assinalados no programa “Agora Nós”.
Com Lídia Franco e João Lobo Antunes, torna-se apresentador do “Programa Juvenil” e estreia-se na RTP no dia 16 de Janeiro de 1960, aos 15 anos.
“Pouco tempo depois, começou a trabalhar no Rádio Clube Português à noite, apresentando noticiários, enquanto durante o dia era delegado de propaganda médica. Na rádio foi autor e apresentador de programas de sucesso como ‘Clube das Donas de Casa’, ‘Em Órbitra’ e ‘Grafonola Ideal’. A nível televisivo, na década de 80 apresentou programas em direto de enorme sucesso como ‘O Passeio dos Alegres’ (onde lançou Herman José), ‘Festa é Festa’, ‘A Festa Continua’ e ‘Arroz Doce’. Em todos havia momentos musicais, passatempos, entrevistas ligeiras e momentos de humor”, recorda o texto da RTP, da qual saiu nos anos 1990 para a TVI, antes de regressar em 1997.
Lusa
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