O partido Renamo pediu nesta segunda-feira (09) o encerramento das fronteiras com a África do Sul. O ministro da Saúde explicou que existem critérios internacionais sobre “quando é que uma fronteira é encerrada” e alertou para o “impacto económico e social” dessa decisão. O país vizinho tem três doentes importados com o novo coronavírus, é a principal fonte da maioria dos produtos consumidos em Moçambique e um dos destino principais das nossas exportações.
Alinhando no alarmismo que tem sido estimulado pela desinformação existente nas redes sociais o maior partido de oposição, através do seu porta-voz, José Manteigas, pediu: “Sendo um vírus tão mortífero, vários países encerraram as suas fronteiras, mas Moçambique continua a deixar as suas fronteiras mercê da providência divina, perante um perigo tão iminente. Em face deste cenário bastante ameaçador os moçambicanos e a Renamo estão preocupados em relação a fragilidade das fronteiras desprovidas de controlo com vista a prevenir a entrada deste vírus no nosso país”.
À margem de uma aula “sobre medidas de prevenção do coronavírus”, que deu na Escola Secundária Francisco Manyanga, o ministro da Saúde disse a jornalistas que: “o Governo de Moçambique funciona com base em acordos internacionais, um dos elementos que é usado nestas circunstâncias é o chamado Regulamento Sanitário Internacional que recomenda, em função de um conjunto de critérios quando é que uma fronteira é encerrada”.
“O encerrar fronteiras é uma medida extrema que só deve ser usada na perspectiva de um risco que possa eventualmente criar uma situação de calamidade, não é o caso. Mesmo neste momento a China não fechou as fronteiras, fez quarentena de algumas cidades, mas encerrar fronteiras tem impacto económico e social”, explicou ainda.
O ministro Armindo Tiago revelou ainda que a aplicação de medidas de quarentena a viajantes provenientes de determinados países é definida por um grupo técnico da Organização Mundial da Saúde “numa base diária” e neste momento apenas estão sujeitos a essa medida preventiva os cidadãos que tenham estado na “China, Itália, Coreia do Sul, Irão, Alemanha e França são o grupo de países cujos viajantes devem entrar em quarentena”.
Um reputado imunologista moçambicano chamou a atenção do @Verdade para o facto de nenhum dos casos que acusaram positivo fora da China não terem sido detectados em postos fronteiriços. “Os casos importados globalmente quantos passaram as fronteiras, todos. A probabilidade de se detectar é pequena”.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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