O distrito de Viseu contará em agosto com 125 equipas, 160
veículos e 740 operacionais, dos quais 440 bombeiros, para combater os
incêndios florestais que venham a deflagrar, anunciou hoje o Comandante
Operacional Distrital (CODIS), Lúcio Campos.
Durante a cerimónia de apresentação dos meios do Dispositivo
Especial de Combate a Incêndios Florestais para o distrito, Lúcio Campos disse
que, na fase Charlie (a mais crítica), em julho haverá 61 Equipas de Combate a
Incêndios (ECIN) e 15 Equipas Logísticas de Apoio ao Combate (ELAC), que em
agosto aumentam para 64 e 18, respetivamente.
"Em agosto, serão 360 bombeiros diariamente preparados
pertencentes a ECIN e ELAC para qualquer eventualidade em termos de incêndios
florestais", frisou.
No terreno, estarão também operacionais e viaturas de outras
entidades, nomeadamente do Instituto de Conservação da Natureza e das
Florestas, da GNR (SEPNA e GIPS), da PSP e da Afocelca.
"No total são 283 operacionais e 59 viaturas durante todo o
dispositivo", explicou o CODIS.
Segundo Lúcio Campos, no distrito de Viseu estarão também seis
meios aéreos durante a fase Charlie, quatro na fase Bravo e quatro na fase
Delta.
"Desses seis meios aéreos, três são meios nacionais,
normalmente um helicóptero pesado sediado em Santa Comba Dão e dois aviões
bombardeiros médios sediados em Viseu", acrescentou.
Lúcio Campos considerou ser "reconfortante" saber que,
em caso de necessidade, há mais meios aéreos nos distritos vizinhos que podem
rapidamente atuar, nomeadamente dois aviões bombardeiros pesados em Seia
(distrito da Guarda) e dois aviões bombardeiros médios em Vila Real.
O Rio Douro e as barragens do Vilar, de Ribeiradio/Ermida, de
Fagilde e da Aguieira são os cinco pontos de água disponíveis no distrito.
O distrito de Viseu tem 24 concelhos, ocupando os espaços
florestais cerca de 40% do território.
"Há zonas onde o terreno é de muito difícil acesso e
acidentado, o que torna o distrito de Viseu particularmente difícil e complexo
no combate aos incêndios florestais", referiu Lúcio Campos.
No entanto, as ocorrências "têm vindo a diminuir nos últimos
anos" e, "de todos os incêndios, 88% são dominados antes de chegar
aos 90 minutos", considerando o CODIS que há "margens de manobra para
melhorar".
O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes,
admitiu que "o distrito de Viseu é complexo" e congratulou-se por,
mesmo assim, Lúcio Campos ter manifestado disponibilidade para ajudar outros
distritos.
"Um distrito com esta dimensão, com o número de ignições e
incêndios que tem e com toda a capacidade instalada, ainda consegue ter margem
para ajudar outros distritos. E, de facto, bem preciso é, porque também temos
alguns distritos que não têm essa capacidade", frisou.
Fonte: Noticias ao Minuto
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