Militares da Guiné Equatorial mantêm hoje, pelo terceiro dia consecutivo, o cerco à sede do partido opositor Cidadãos pela Inovação, enquanto o país vai a votos para eleger o novo Presidente.
"A situação continua igual, não nos permitem sair daqui, a situação humanitária começa a piorar, não há água corrente nem comida", disse o líder do partido, Gabriel Nse Obiang Obono, em declarações telefónicas à agência Efe, a partir de Malabo, capital da Guiné Equatorial.
Segundo Gabriel Nse Obiang Obono, cuja candidatura presidencial foi invalidada, encontram-se cercadas 200 pessoas, entre militantes, simpatizantes e familiares.
Cerca de 300 mil eleitores estão inscritos para as presidenciais de hoje na Guiné Equatorial, nas quais o chefe de Estado, Teodoro Obiang Nguema, no poder há 37 anos, é considerado o principal favorito.
O regime de Obiang Nguema é regularmente criticado por organizações de defesa dos direitos humanos devido à repressão dos opositores, da sociedade civil e dos meios de comunicação social, assim como pela extensão da corrupção.
A Guiné Equatorial faz parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa desde junho de 2014.
Diário de Notícias (Madeira)
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