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À
mesma hora em que há 42 anos "Grândola, Vila Morena" ecoou nos rádios
sintonizados na Renascença, dando sinal aos militares para a "Revolução
dos Cravos", o Estado português começou hoje as comemorações da instauração
da democracia.
Pouco
depois da meia-noite, Presidente da República e Primeiro-Ministro vão inaugurar
o Museu das Notícias, em Sintra, continuando juntos na sessão solene da
Assembleia da República, na condecoração de António Arnaut e João Lobo Antunes,
no Palácio de Belém e, finalmente, na atribuição de um prémio-carreira a Manuel
Alegre, na Caixa Geral de Depósitos.
No
parlamento, Marcelo Rebelo de Sousa encerra as intervenções - o seu segundo
discurso formal desde a tomada de posse em 09 de março -, depois de usarem da
palavra o Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e os partidos
com assento parlamentar: PSD, PS, BE, CDS-PP, PCP, PEV e PAN.
O
início da celebração em São Bento está marcado para as 10:00 com "A
Portuguesa" e outra canção do autor de "Grândola, Vila Morena",
Zeca Afonso - "Vejam Bem" -, interpretados pelo orfeão académico de
Coimbra.
As
comemorações populares decorrem também com o tradicional desfile na avenida da
Liberdade, em Lisboa, organizado pela Associação 25 de Abril e as centrais
sindicais CGTP e UGT, entre outras organizações.
Sensivelmente
à mesma hora, pelas 15:00, o chefe de Estado vai estar em Santarém para prestar
homenagem a um dos "capitães de Abril", Salgueiro Maia, junto à
estátua do comandante da coluna militar que saiu da Escola Prática de Cavalaria
escalabitana e ocupou o Terreiro do Paço, fazendo frente às forças do regime.
Durante
a tarde do feriado, quer a Assembleia da República, quer a Residência Oficial
do primeiro-ministro abrem as portas à população, com iniciativas de caráter
cultural e outras dedicadas aos mais jovens, podendo circular-se em espaços
habitualmente utilizados pelo líder do Governo socialista, António Costa, por
exemplo.
Costa
junta-se novamente a Rebelo de Sousa pelas 17:30, aquando do agraciamento com a
Grã-Cruz da Ordem da Liberdade ao antigo ministro do PS António Arnaut,
"pai do Serviço Nacional de Saúde", e ao neurocirurgião e ex-membro
do Conselho de Estado João Lobo Antunes.
Fonte:
Lusa
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