A
Mata Atlântica, na América do Sul, teve 1.887 milhões de hectares desmatados
nos últimos 30 anos, segundo dados divulgados esta quarta-feira pela Fundação
SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Apesar
de 78% dessa perda de vegetação ter ocorrido entre 1985 e 2000, e de os valores
estarem a diminuir desde 2005, a supressão de floresta continua a ocorrer no
bioma mais devastado da história do continente sul-americano.
A
última edição do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica,
divulgada esta quarta-feira no Brasil, mostra que entre 2014 e 2015 foram
desmatados mais 18.433 hectares deste tipo de floresta no país, pouco mais do
que no período anterior (18.267).
Quando
o explorador português Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, em 1500, a Mata
Atlântica cobria cerca de 1,3 milhões de km² do território nacional, mas
volvidos mais de cinco séculos, restam apenas cerca de 163 mil km², pouco mais
de 12% da floresta original, segundo o jornal Globo.
Marcia
Hirota, diretora executiva da Fundação SOS Mata Atlântica e responsável pelo
trabalho, citada pelo jornal Estado de São Paulo, chamou a atenção que
"cada ciclo de desenvolvimento do país foi um ciclo de destruição da
floresta".
"Hoje
claro que a perda é muito menor, mas também porque quase não há mais Mata
Atlântica, porque boa parte está na mão de privados, que preservam, e porque
temos uma lei que proíbe o seu corte, a não ser em caso de interesse público ou
social. Mas ainda vemos cortes e precisamos começar a recuperar, a reflorestar
", alertou.
A
investigadora destacou ainda um "lado positivo": "Em sete dos 17
Estados da Mata Atlântica, a taxa de perda está no nível de desmatamento zero,
com menos de 1 km². É o caso de São Paulo e do Rio de Janeiro".
Fonte:
Lusa
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