Um estudo do Instituto Nacional de Estatística e dos Estudos Económicos (INSEE) revela que 14% dos sem-abrigo, em França, frequentaram um curso superior e um em cada dez concluiu os estudos e tem um diploma.
A falta de moradia é, em 20% dos casos, motivada por uma separação ou divórcio, em 10% por perda de emprego e em 9% pela incapacidade de pagar a renda da casa.
O estudo, publicado na quarta-feira, é baseado num recenseamento realizado em janeiro e fevereiro de 2012 nos abrigos, hotéis, centros maternos e locais de distribuição de comida.
O INSEE aponta para a existência de 140 mil pessoas sem teto, incluindo 30 mil crianças, sendo que os sem-abrigo licenciados têm entre 30 e 49 anos e a maioria (66%) diz ter nascido no estrangeiro.
Segundo o Le Monde, o estudo evidencia um aumento muito significativo em relação ao recenseamento anterior, de 50%, observando-se agora a presença de muitas famílias, nomeadamente estrangeiras.
Os investigadores afirmam ainda que um quarto dos inquiridos que vivia na rua, com menos de 65 anos, revelou ter um emprego.
De acordo com o DN, em Portugal não há ainda dados globais mas um levantamento feito pela Santa Casa da Misericórdia, em Lisboa, mostrou que quase 5% dos sem-abrigo tinham um curso superior – e 7,7%, por outro lado, não sabiam ler nem escrever.
O estudo concluiu que, em 2013, haviam 852 pessoas sem-abrigo, apenas em Lisboa, dos quais 509 viviam nas ruas e 343 passavam as noites em centros de acolhimento.
BZR, ZAP
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