A Procuradoria-Geral da República está a analisar a possibilidade de Cavaco Silva ter estado envolvido numa eventual violação do segredo de justiça, depois de alegações feitas por um seu ex-assessor num livro biográfico.
Em causa está a obra “Na Sombra da Presidência – Relato de 10 anos em Belém” de Fernando Lima, ex-assessor de Cavaco Silva, e o facto de que este aí alegar que o então Presidente da Repúblicarecebeu a informação de um magistrado de que o seu genro, Luiz Montez, estaria entre as escutas telefónicas realizadas no âmbito do processo Face Oculta.
“A matéria em questão está a ser objecto de análise”, refere uma fonte do gabinete da Procuradoria-Geral da República (PGR) numa nota enviada ao Diário de Notícias.
“O Ministério Público não deixará de tomar as providências que entender por necessárias no âmbito das respectivas competências”, salienta a mesma fonte no jornal, escusando-se a prestar mais esclarecimentos ao pedido efectuado pelo DN.
Fernando Lima escreve no livro que, “quando a transcrição das escutas do Face Oculta foi divulgada, em Fevereiro de 2010, para Cavaco Silva não constituía uma novidade que nelas constasse o nome de Luís Montez”.
“Em meados de Outubro de 2009, fora informado por um magistrado de que esse processo incluía uma alusão ao seu genro, uma vez que no negócio da PT/TVI estava ainda previsto ser-lhe atribuída uma das rádios da Media Capital, pertencente à Prisa”, aponta o ex-assessor de Cavaco.
ZAP
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